EUA podem liderar no mundo sem desempenhar papel de policial?

© AFP 2023 / NICHOLAS KAMMPresidente norte-americano, Barack Obama, antes de fazer o seu último Discurso sobre o Estado da União, Washington, EUA, 12 de janeiro de 2016
Presidente norte-americano, Barack Obama, antes de fazer o seu último Discurso sobre o Estado da União, Washington, EUA, 12 de janeiro de 2016 - Sputnik Brasil
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O presidente norte-americano, Barack Obama, disse em seu mais recente discurso sobre o Estado da União que o novo presidente dos EUA terá de promover os interesses de segurança do país no estrangeiro sem agir como um policial mundial.

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Obama colocou a questão da influência norte-americana no estrangeiro e destacou que este é o principal assunto que o país terá de lidar, independentemente de quem quer que seja o próximo presidente norte-americano.

O presidente Obama definiu a liderança dos EUA como “uma aplicação sensata da força militar e consolidação do mundo para fazer o que é correto” e apelou aos EUA para evitar “ignorar o resto do mundo”.

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Por sua vez, o presidente do Comitê dos Assuntos Internacionais do Conselho da Federação (câmara alta do parlamento russo), Konstantin Kosachev, afirmou que é interessante que o argumento principal para explicar a maior influência dos EUA no mundo é que o país gasta mais do que outros países nas suas forças armadas e que ninguém se atreverá a atacá-los ou a seus aliados.

“Palavras sobre valores, atrativos, direitos e liberdades, tudo isso, como se vê, é secundário. Em primeiro lugar estão a força militar e os gastos ligados a ela”, disse Kosachev.

No seu discurso Barack Obama declarou também que a liderança norte-americana no mundo é desejável.

“As pesquisas mostram que a nossa posição no mundo é mais importante do que no momento em que fui eleito para este cargo e, quando se trata de todos os assuntos internacionais importantes, os povos em todo o mundo não olham para Pequim ou Moscou, é a nós que nos pedem”, disse Obama na terça-feira (12).

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Na opinião do senador russo, “os povos em todo o mundo” não pedem aos EUA para resolver os seus problemas mas são os próprios EUA, sem perguntar a ninguém, que vão “a pedido dos que desejam” para realizar golpes de Estado e apoiar “os lutadores pela paz”. Os últimos se transformam frequentemente de forma milagrosa em organizações bárbaras como a al-Qaeda ou o Daesh, opina Kosachev.

Segundo o senador, agora todos poderão ver qual o impacto que os fracassos na política externa norte-americana terão sobre as eleições. Kosachev pensa que os democratas têm adversários sérios.

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