Contagem regressiva? Default da Ucrânia é questão de várias horas

Dois anos após manifestações na praça de Independência no centro de Kiev a situação na Ucrânia continua séria: as reformas realizadas não dão resultados desejados, o conflito em Donbass continua não resolvido e o povo está perdendo a confiança no seu governo.

Além de várias questões internas, a Ucrânia deve pagar a dívida de US $3 bilhões à Rússia até 1 de janeiro para evitar default.

Na quarta-feira passada (30) o Ministério das Finanças russo anunciou que o default formal aconteceria em 31 de dezembro (ou seja, hoje mesmo), após a expiração do período de dez dias que a Rússia ofereceu à Ucrânia para pagar.

Caso o país vizinho da Rússia não pagar, o presidente russo Vladimir Putin ordenou que o governo russo entre com uma ação penal em relação à Ucrânia.

Mais cedo o chefe do governo ucraniano, Arseny Yatsenyk, divulgou que o país não quer pagar a dívida de obrigações à Rússia e na quarta-feira o governo da Ucrânia confirmou a decisão de introduzir o moratório ao pagamento da dívida.

A parte ucraniana exige não só a reestruturação da dívida, mas também a redução desta em 20% e adiamento de todas as dívidas de quatro anos.

Em 17 de dezembro o conselho executivo do Fundo Monetário Internacional (FMI) reconheceu a dívida da Ucrânia para a Rússia como oficial e soberana, quer dizer negou argumentação que Kiev tem tentando contestar.

Ao mesmo tempo, a ministra das Finanças da Ucrânia, Natalia Jaresko, já tinha declarado mais cedo que não exclui a possibilidade de default do país caso a dívida não for paga.