Morales está com a ‘Força’? Campanha faz paródia de ‘Star Wars’ para apoiar referendo

© REUTERS / Bolivian Presidency/Handout via ReutersBolivia's President Evo Morales is greeted by residents with a garland made of bread in Quime, southeast of La Paz, November 28, 2015
Bolivia's President Evo Morales is greeted by residents with a garland made of bread in Quime, southeast of La Paz, November 28, 2015 - Sputnik Brasil
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O presidente boliviano, Evo Morales, se tornou o protagonista de um vídeo-paródia do filme “Star Wars – O Despertar da Força”, feito para promover a campanha pelo referendo na Bolívia para modificar a constituição e permitir que o líder se reeleja pela terceira vez.
Trailer El Despertar del #Sí Bolivian Wars

El Despertar del #SÍEstreno: 21FProtagonistas: Tú, él, ella, todos nosotros que luchamos contra el Imperio y que buscamos un mejor futuro. Únete a la fuerza positiva de la fuerza, al lado del #SÍ.Dile #NO al lado oscuro del pasado, el retraso, la pobreza y la maldad.

Posted by Sí Bolivia on Segunda, 21 de dezembro de 2015

 

O referendo marcado para 21 de fevereiro de 2016 perguntará à população do país sobre a mudança do Artigo 168 da Constituição, que trata da reeleição do presidente e do vice-presidente do país. Se aprovada a alteração, o presidente Evo Morales poderá ser candidato a um mandato no período 2020-2025. 

Os bolivianos responderão à pergunta: "Você está de acordo com a reforma do artigo 168 da Constituição Política do Estado para que a Presidenta ou Presidente e a Vice-presidenta ou Vice-presidente do Estado possam ser reeleitas ou reeleitos por duas vezes de maneira contínua?". A oposição, por sua vez, que considera as alterações ilegais, está realizando uma campanha pelo “Não” no referendo. 

Presidente da Bolívia, Evo Morales - Sputnik Brasil
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Com isso, a página do facebook “Sí Bolívia”, conta oficial de apoio ao “Sim” no referendo adotou uma estratégia de propaganda peculiar, vinculando a imagem do presidente boliviano a um “Jedi” do filme “Star Wars – O Despertar da Força”. Em um vídeo de cerca de dois minutos, Morales aparece em montagem do recém-lançado episódio da série Guerra nas Estrelas representando “o lado bom da Força”, enquanto o “lado negro” é representado pelo ex-presidente Gonzalo Sanchez de Lozada. 

"Junte-se à força e vote #SIM", diz o slogan do vídeo. "Diga #NÃO para o lado negro, o passado, o atraso, a pobreza e o mal", acrescenta a campanha, se referindo à oposição. 

O vídeo-paródia da campanha, intitulado “El Despertar do Sí” (o despertar do sim), pedindo o “Sim” à população boliviana, foi publicado em 21 de dezembro e já alcançou mais de 2700 compartilhamentos e 85 mil visualizações através da página do facebook “Sí Bolívia”. 

Evo Morales, presidente da Bolívia. - Sputnik Brasil
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De acordo com o sociólogo e cientista político brasileiro, Emir Sader, em artigo publicado em diversas agências latino-americanas, “o que está em questão é a consulta ao povo sobre o direito do governo que promoveu a mais gigantesca transformação econômica, social, política e cultural que o país experimentou em sua história, de continuar governando. Segundo o especialista, a Bolívia, que pertence ao grupo dos mais pobres do continente, junto com Honduras e Haiti, tornou-se o caso mais extraordinário de êxito no continente em todos os níveis.

Ao destacar as péssimas condições de pobreza e entrega das riquezas do país a empresas transnacionais como marcas de governos passados, Emir Sader destacou as transformações que Evo Morales causou no país.  

“O salário mínimo aumentou de 440 para 1.656 pesos bolivianos, um aumento de 380%. Mais de 42% dos bolivianos recebem bônus que melhoram suas condições de vida. 100% dos bolivianos têm serviços de água potável, comunicação de telefone e Internet, eletricidade e luz”, argumenta o sociólogo. 

De acordo com um estudo realizado pela agência de pesquisas Ipsos em outubro, uma margem de 46 a 49% dos entrevistados votariam "sim" no referendo, enquanto que uma margem de 39 a 45% votariam "não". O número de pessoas indecisas é de cerca de 10%.

Evo Morales, o primeiro líder de origem indígena do país, assumiu a presidência em 2006, depois de vencer uma eleição com 54% dos votos. Ele foi confirmado no cargo para o período 2010-2015 com 64% dos votos e para 2015-2020 venceu com 60%.

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