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Alerta verão: Aumenta a guerra contra o Aedes Aegypti

© Betina Carcuchinski / Fotos PúblicasBrasil tem 745,9 mil casos de dengue até 18 de abril, segundo ministério
Brasil tem 745,9 mil casos de dengue até 18 de abril, segundo ministério - Sputnik Brasil
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Com a chegada do verão as autoridades de saúde intensificam em todo o país a prevenção e o combate ao mosquito Aedes Aegypti, que transmite dengue, febre chikungunya e zika vírus.

É nas férias e nas festas de fim de ano, durante o verão, que o mosquito Aedes Aegypti se reproduz com mais facilidade, por conta do acúmulo de água no período marcado por chuvas e por maior circulação de pessoas pelo país.

O Ministério da Saúde também está em alerta máximo contra a microcefalia, doença relacionada ao vírus zika. Em apenas uma semana, até 19 de dezembro, o número de casos suspeitos da doença subiu de 2.401 para 2.782, um aumento de 16%. Os casos estão distribuídos em 618 municípios de 20 unidades da Federação. O Estado de Pernambuco continua sendo o de maior número de casos – são 1.031. Em seguida vêm a Paraíba, com 429 casos, e a Bahia, com 271.

O Ministério da Saúde informou que 266 mil agentes comunitários de saúde vão intensificar os trabalhos em todo o Brasil para eliminar criadouros do mosquito. O diretor do Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis, Cláudio Maierovitch, explicou que os agentes comunitários de saúde vão trabalhar em conjunto com agentes de combate de endemias e com o Exército, a Marinha e os Bombeiros. A ideia é visitar 100% das casas até o final do ano, para reforçar ainda mais as orientações aos moradores e identificar focos e larvas do Aedes Aegypti.

“Nós temos solicitado a todos os Estados que realizem o primeiro ciclo de visitas domiciliares – a 100% dos imóveis até o final de janeiro – contando para isso, além dos agentes de combate às endemias, com as equipes de saúde da família.”

Outra preocupação do Ministério da Saúde é reforçar também as orientações para os hemocentros, com o objetivo de evitar a transmissão do vírus zika através de transfusões de sangue.

De acordo com o secretário de Atenção à Saúde, Alberto Beltrame, os doadores que tenham sido infectados pelo vírus não podem doar sangue por 30 dias depois da recuperação completa, e quem teve sintomas como febre, diarreia ou manchas na pele até 7 dias depois da doação deve comunicar ao hemocentro.

Sobre o desenvolvimento da vacina contra o vírus da dengue, a Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária autorizou ao Instituto Butantan, em São Paulo, neste mês de dezembro, dar início à terceira e última etapa dos estudos da vacina contra a doença. O estudo teve início através de uma parceria do Butantan com institutos nacionais de saúde dos Estados Unidos, em 2008.

A primeira fase de testes aconteceu nos EUA, onde foi verificada a segurança da vacina. A segunda etapa teve início em 2013 com cerca de 300 voluntários do Estado de São Paulo, para ver se a vacina estimulava o corpo a produzir anticorpos contra a doença. Nas duas primeiras fases de testes, a vacina desenvolvida pelo Instituto Butantan mostrou ter capacidade para combater os 4 tipos de vírus da dengue. Porém, não foi constatada eficácia também para combater o vírus causador da febre chicungunya e o zika vírus.

De acordo com o Instituto Butantan, a vacina que está sendo feita é aplicada em dose única, diferente da vacina contra a dengue aprovada no México, em 9 de dezembro, desenvolvida pelo laboratório Sanofi Pasteur e que precisa ser aplicada em 3 doses, com intervalos de 6 meses. A vacina mexicana também não foi aprovada para crianças, já que não mostrou eficácia para faixas etárias mais baixas.

Segundo o Instituto, nesta terceira etapa a vacina vai ser testada em 17 mil voluntários de 13 cidades, em 12 Estados das 5 regiões brasileiras. Os voluntários interessados em participar dos testes da vacina devem aguardar a divulgação do convite e precisar se enquadrar em 33 faixas etárias, de 2 a 6 anos, de 7 a 17 anos e de 18 a 59 anos, e estar saudáveis. Também podem participar pessoas que já tiveram dengue.

A expectativa do Butantan e do Governo do Estado de São Paulo é de que a vacina seja disponibilizada até 2017.

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