Visita de Kerry a Moscou: Rússia e EUA apresentaram consenso surpreendente

© Sputnik / Sergey Guneev / Acessar o banco de imagensO presidente russo, Vladimir Putin, encontra John Kerry, secretário de Estado americano
O presidente russo, Vladimir Putin, encontra John Kerry, secretário de Estado americano - Sputnik Brasil
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A Rússia e os Estados Unidos conseguiram chegaram a um acordo sobre as questões fundamentais para a resolução da crise síria durante a visita do secretário de Estado, John Kerry, a Moscou, apesar das diferenças entre os dois países. A opinião foi publicada na edição alemã Deutsche Wirtschafts Nachrichten.

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"A Rússia e os Estados Unidos mostraram uma surpreendente unanimidade sobre a questão do cessar-fogo na Síria. A reunião entre o secretário de Estado, John Kerry, e o presidente russo, Vladimir Putin, conduziu a progressos significativos. A questão agora é se eles podem assumir o controle dos poderes regionais e lidar com várias facções terroristas na região", diz o artigo.

A reunião em Moscou abriu o caminho para a próxima conferência em Nova York, encontro que ficou "por um fio" por causa das divergências sobre uma série de questões fundamentais, diz a publicação.

Anteriormente, a Rússia havia deixado claro que a resolução do conflito sírio seria impossível sem o acordo sobre quais os grupos da região devem ser considerados como de oposição, quais seria terroristas. Durante a reunião entre os chefes da diplomacia da Rússia e dos EUA, as autoridades dos dois países fizeram progressos substanciais neste aspecto — as partes concordaram em considerar como organização terrorista não só a "Al Qaeda", mas também sua célula síria "Dzhebhat en-Nusra". Anteriormente, os EUA e a Turquia classificavam os militantes da "Dzhebhat en Nusra" como ‘rebeldes moderados’ e tentaram trabalhar com eles.

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Em segundo lugar, de acordo com o jornal alemão, recentemente o presidente norte-americano, Barack Obama, havia dado sinais de que a derrubada do presidente sírio Bashar Assad já não era um objetivo prioritário para os EUA. Com isso, “as tentativas de cooperação com os militantes do ‘Dzhebhat en-Nusra’ perderia sentido”, diz a publicação. 

A Rússia sempre insistiu que o futuro de Assad deveria ser decidido pelo povo sírio e não por forças externas, e agora Washington está mais inclinado a pensar que Assad pode deixar o cargo durante o período de transição. Em uma reunião em Moscou, Kerry disse que os Estados Unidos não procuram mudar o regime na Síria e focará no processo de negociação, e não nas divergências políticas.

Após a reunião em Moscou, o chanceler russo Sergei Lavrov declarou que a Rússia apoia a ideia de convocar, em Nova York, em 18 de dezembro, a próxima reunião do Grupo Internacional de Apoio à Síria. 

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