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Empresários e sindicalistas apresentam propostas para reaquecer a economia

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Após a FIESP – Federação das Indústrias do Estado de São Paulo e o CIESP – Centro das Indústrias do Estado de São Paulo anunciarem formalmente que são favoráveis ao processo de impeachment da presidente, o Governo Dilma ganhou o apoio de representantes das 70 principais centrais sindicais e empresariais do Brasil.

As centrais sindicais e entidades apresentaram à Presidenta Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto, uma agenda com 7 propostas para retomar o crescimento econômico do país, como a ampliação dos investimentos em infraestrutura e políticas de fortalecimento do mercado interno.

Tabaré Vázquez e Dilma Rousseff em 21 de maio de 2015, no Planalto. - Sputnik Brasil
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Opinião: Acordos bilaterais são alternativa para a retomada da economia brasileira

Em entrevista coletiva, o ministro do Trabalho e Previdência Social, Miguel Rossetto, ressaltou a importância dessa parceria neste momento de turbulência para o Governo, e informou que a Presidenta Dilma recebeu de forma positiva as propostas das entidades, orientando a equipe ministerial a seguir conversando sobre o desenvolvimento dessa agenda. Disse o ministro:

“Essa reunião fortalece o ambiente de diálogo positivo do Governo, da presidente da República, com a representação da sociedade brasileira produtiva, centrais sindicais, setor empresarial, a partir de uma agenda de crescimento econômico, de desenvolvimento, de recuperação de investimento. A presidente acolhe de uma forma muito positiva essa agenda, orienta seus ministros presentes e a sua equipe a dar sequência a esse diálogo, ao desdobramento de toda essa agenda.”

O presidente da CUT – Central Única dos Trabalhadores, Vágner Freitas, também participou do encontro e falou na sobre a proposta de se ter uma nova agenda econômica para que o mercado interno volte a aquecer.

Vágner Freitas também defendeu a necessidade de que haja o barateamento do crédito:

“É a proposta de uma nova agenda econômica de desenvolvimento. Uma política econômica que se volte para fomentar o desenvolvimento do Brasil, aquecer o mercado interno, baratear o crédito. Eu acho que isso é extremamente importante, e se resume a 7 propostas que nós fizemos para fundamentalmente discutir uma nova agenda econômica para o Brasil.”

Já o presidente da Anfavea – Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, Luiz Moan, chamou atenção para o fato de que fatores políticos não podem mais interferir no crescimento do Brasil. Moan ressaltou que a realização de um novo acordo econômico pode ser a saída da crise para o país.

“Em uma semana, 70 entidades dos mais diferentes ramos, seguimentos e pensamentos, conseguimos construir esse documento, esse novo caminho para o Brasil, e por uma razão. Todos nós deixamos para trás interesses corporativos e pensamos em Brasil. E ao pensar em Brasil a grande mensagem que nós temos neste documento é de que as questões políticas devem ser tratadas o mais rápido possível, mas no campo político.”

De acordo ainda com o Ministro Miguel Rossetto, a ideia é investir na liberação de linhas de crédito para o setor industrial, com o objetivo de permitir a manutenção de financiamentos de bens de capital, seja através da prorrogação ou da criação de novas linhas de financiamento para setores industriais do país, através do BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.

Os empresários também deram como sugestão a suspensão temporária do pagamento dos financiamentos concedidos pelo BNDES às empresas de bens de capital, para que elas possam melhorar sua situação financeira. Segundo Rossetto, a proposta vai ser analisada.

Outra questão colocada na conversa dos sindicalistas e empresários com a Presidenta Dilma foi a necessidade de um novo marco legal sobre o tema da leniência das empresas, para que haja uma separação entre as firmas e dirigentes que se envolvam em denúncias de corrupção.

O ministro do Trabalho e Previdência Social explicou que todos os principais países do mundo que integram a OCDE – Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, como a Alemanha, os Estados Unidos e a França, separam a pessoa física da pessoa jurídica, e aqueles gerentes, diretores, executivos que cometerem, eventualmente, desvios ou crimes comprovados na Justiça são condenados, mas mesmo assim a empresa continua operando, preservando principalmente os empregos e a capacidade operacional.

“Que se preserve o seu emprego, a sua capacidade operacional, ao mesmo tempo que aqueles executivos que porventura forem julgados por atos ilegais, sejam condenados, a exemplo de outros países. Há uma demanda muito forte de uma urgência nesta alteração do marco legal”, disse Rossetto.

Depois do encontro com os representantes das entidades, a Presidenta Dilma Rousseff prometeu analisar cada proposta presente no documento entregue pela Anfavea, e uma nova reunião será feita com os representantes das entidades para dar seguimento às discussões sobre a agenda econômica proposta.

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