AIEA deve abandonar buscas sobre o passado nuclear do Irã?

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O Conselho de Administradores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) aceitou finalmente a última versão da resolução sobre o programa nuclear iraniano, disse uma fonte citada pela agência de notícias RIA Novosti. Segundo a fonte, a decisão foi unânime.

O embaixador especial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Grigory Berdennikov, afirmou hoje que, depois da publicação do relatório da agência, o inquérito sobre os "aspectos militares" do programa nuclear iraniano pode ser considerado como terminado.

"Nós gostaríamos de sublinhar a conclusão do relatório que diz que Teerã cumpriu todas as suas obrigações no âmbito do 'roteiro' combinado com a AIEA em 14 de julho do ano em curso em Viena", diz o comunicado divulgado no site da pasta.

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No entanto, a parte estadunidense tinha apelado, hoje também, a não cessar o acompanhamento do programa nuclear do Irã por inspetores da AIEA.

"Nós não devemos esquecer que nós não estamos recusando a capacidade da agência de investigar qualquer potencial dúvida que possa surgir. Nada na resolução [aceita pela AIEA] proíbe a AIEA de exercer a sua plena autoridade na obtenção de novas informações relevantes no que toca à segurança ou relacionadas ao Plano Compreensivo Conjunto de Ação", disse o embaixador estadunidense na AIEA, Henry S. Ensher. 

Prosseguindo no seu discurso, o representante russo disse, referindo-se ao inquérito sobre o potencial significado militar do programa nuclear do Irã, que considera "esta página nas relações entre a Agência e o Irã como virada, e o dossiê sobre as 'possíveis pesquisas' de teor nuclear militar de Teerã como fechado".

Berdennikov frisou ainda que, a partir de agora, as relações entre o país e a instituição — que é associada à ONU — será gerida "no âmbito tradicional da agência", ou seja, de acordo com os documentos e protocolos principais da AIEA.

Por sua parte, o chefe da AIEA, Yukiya Amano, acaba de informar que a agência precisará de 9,2 milhões de euros para acompanhar o programa nuclear iraniano em 2016.

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