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Brasil teve papel mediador decisivo para Acordo Mundial do Clima na COP 21

REPORTAGEM ACORDO CLIMA 2 DE 14 12 15
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O Brasil foi o responsável pela articulação das negociações para a elaboração da proposta de texto final da COP 21, em Paris, e que resultou no primeiro acordo global, envolvendo 195 países, com o propósito de frear as emissões de gases do efeito estufa e enfrentar os impactos da mudança climática.

A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, que liderou a delegação brasileira durante a Conferência do Clima, afirmou sua satisfação com o resultado final da COP 21. Segundo a ministra, o Brasil foi protagonista nas negociações, pois o texto final do compromisso reflete todas as posições defendidas pelo país.

Ainda em Paris, Izabella Teixeira destacou o esforço do Brasil nas políticas adotadas de forma voluntária para conter a emissão de gases poluentes, como o Código Florestal, e afirmou que o esforço mostrado pelo Brasil para o pacto mundial só aumentou a credibilidade do país perante o mundo.

“Todos os países em desenvolvimento cumprimentaram o Brasil pelo esforço, pela cooperação e por ser um país que sempre se colocou para construir soluções”, conta a ministra. “Nós viemos aqui para construir soluções, começando, no início, com a apresentação de uma NDC (Contribuições Nacionalmente Determinadas) ambiciosa, e mudando o nosso foco. Isso dá uma credibilidade política ao país, além do que nós já estamos fazendo.”

Entre as metas estabelecidas, o acordo da COP 21 prevê um aumento de mais de US$ 100 bilhões por ano para financiar ações a partir de 2020, além do objetivo de manter o aumento da temperatura média global abaixo de 2ºC e de garantir esforços para limitar o aumento da temperatura a 1,5ºC. A cada cinco anos, as nações deverão prestar contas a respeito das iniciativas levadas adiante para impedir que a temperatura aumente mais do que 2ºC.

Apesar de comemorar que o acordo “tem o sotaque do Brasil” e de ser um momento histórico para o país, a Ministra Izabella Teixeira deixa claro, no entanto, que o momento será de muito trabalho daqui para a frente, com necessidade do país de avançar no que diz respeito às energias renováveis, avançar na agricultura de baixo carbono, na restauração florestal e principalmente no compromisso que a sociedade brasileira define em relação ao enfrentamento de mudanças do clima.

“O Brasil tem dois desafios, fechar esse primeiro momento que é se preparar até 2020 para essa nova política de clima, que na verdade é uma política de longo prazo e uma política de desenvolvimento. A NDC do Brasil é certamente um dos instrumentos essenciais para uma nova visão de desenvolvimento, para transição de baixo carbono, para mais inclusão social, para redução de desigualdades, para desafios nas relações nacional-subnacional, União e Estados. Você tem que mexer nisso, porque a ação de clima determinará isso. Também na relação com o setor privado, com o setor produtivo, competitividade, novos mercados, tecnologias.”

A Presidenta Dilma Rousseff também saudou a aprovação do Acordo de Paris e destacou o papel decisivo do Brasil nesta “nova fase de luta contra a mudança do clima”. Através de nota, a presidente disse que “o acordo é justo e ambicioso, fortalecendo o regime multilateral e atendendo aos legítimos anseios da comunidade internacional”.

Dilma Rousseff ainda acrescentou que o acordo alcançado “com a decisiva participação do Brasil guia-se pelos princípios da Convenção de Mudança do Clima e respeita a diferenciação entre países desenvolvidos e em desenvolvimento”.

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