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Encontro entre Dilma e Temer pode definir futuro da relação PT-PMDB

REPORTAGEM DILMA X TEMER 2 DE 09 12 15
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Após as polêmicas declarações do vice-presidente, Michel Temer, em carta enviada a Dilma Rousseff, a presidenta do Brasil decidiu chamar o seu vice para uma conversa na noite desta quarta-feira (9), em Brasília, assim que ela retornar de sua viagem à Roraima, onde participa da entrega de unidades habitacionais do Programa Minha Casa, Minha Vida.

A expectativa é a de que o encontro defina qual será o próximo passo na relação dos dois: um rompimento definitivo de Temer com o governo ou uma reconciliação?

A carta com as críticas de Temer e como ele se vê tratado pelo governo Dilma teve, segundo os governistas, uma forte repercussão política, principalmente no resultado da votação para a escolha da Comissão Especial que vai analisar o pedido de impeachment contra a presidenta, na qual a chapa do governo foi derrotada.

Depois de participar nesta terça-feira de uma reunião com a chefe de Estado brasileira, divulgando em seguida uma carta contra a abertura do impeachment, o governador do Maranhão, Flávio Dias, do PCdoB, disse à imprensa que todo o processo é sim um golpe contra a Presidenta. “Não pode ser uma guerra de todos contra todos. É preciso que haja parâmetros, e esses parâmetros estão  na Constituição. E por isso, sim esse processo de impeachment é golpista.”

No Congresso, o Deputado Henrique Fontana (PT-RS), amenizou as declarações contidas na carta do vice-presidente Michel Temer, para não pesar ainda mais o clima com o PMDB, e traduziu a questão como apenas uma forma que ele achou para se expressar.

“Nós temos que dar a esta carta o tamanho que ela tem. É uma opinião, uma expressão de opinião num dado momento e não devemos alimentar um conflito”.

O Presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), um dos líderes do partido do vice-presidente, preferiu optar por uma postura imparcial sobre as declarações de Michel Temer. Ele não quis criticar e nem defender o vice-presidente, e apenas disse à imprensa que a posição de Temer é algo pessoal, que não envolve partidos.

“Eu acho que foi um desabafo. Ela (a carta) só tem sentido como um desabafo, não é uma ação política. E partidária, muito menos”.

O Presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), assim como líderes da oposição, acreditam que a carta de Temer é a convicção de que ele está deixando o governo Dilma.

Através de uma rede social, o ex-Ministro Moreira Franco, que é um dos principais aliados do vice-presidente Michel Temer, também falou sobre o assunto. Franco lançou após o vazamento da carta na imprensa a hastag #PlanoTemer e disse que “a carta do Temer expôs todo o entendimento dele do que estava sendo feito para que ele fosse visto como uma pessoa desleal”.

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