China e EUA continuam guerra comercial

© Sputnik / Ruben SprichEmblema da Organização Mundial de Comércio (OMC) que fica perto da entrada na sede da organização em Genebra
Emblema da Organização Mundial de Comércio (OMC) que fica perto da entrada na sede da organização em Genebra - Sputnik Brasil
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Os EUA apresentaram uma nova reclamação contra a China na Organização Mundial de Comércio (OMC), acusando-a de violar as regras de comércio livre.

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Os EUA estão indignados com taxa de 17% aplicada às importações pela China dos aviões regionais e do aumento do imposto sobre o valor agregado (IVA) dos aviões análogos de produção chinesa, por exemplo, o ARJ-21, disse o representante norte-americano durante as negociações comerciais do gabinete, Michael Froman. Na sua opinião, a taxa de 17% é uma discriminação.

O secretariado do representante comercial norte-americano disse que apresentou na OMC uma inquirição sobre consultas com a China sobre este assunto. Esta é a fase inicial da disputa comercial com a participação da OMC.

O equipamento de aviação civil é uma importante fonte de renda dos EUA. O volume total das exportações por ano é de 139 bilhões de dólares. 10% deste volume vai para a China. Na opinião do especialista do Instituto do Extremo Oriente da Academia de Ciências da Rússia, Aleksandr Larin, a isenção do IVA para os produtores locais é um meio de apoiar a produção aeronáutica nacional e reforçar os seus interesses econômicos.

“A China e os EUA sempre competem na área econômica. Ao mesmo tempo, os países dependem uns dos outros economicamente, por isso tais incidentes são mais uma regra que uma exclusão”, disse Larin.

Agora na OMC surgiu uma nova onda de críticas da China. Froman disse que a política fiscal injusta da China prejudica as empresas e trabalhadores norte-americanos do importante setor da indústria aeronáutica.

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Nos últimos 3 anos, a OMC tentou resolver mais de 30 disputas entre os EUA, a UE de um lado e a China, do outro. As disputas mais importantes estavam ligadas às áreas de produção de aço, painéis solares e metais de terras raras. Os oponentes acusaram a China de dumping e protecionismo. As disputas se resolveram na arbitragem da OMC mas agravaram as relações entre os dois países. Segundo Larin, as “guerras comerciais” na OMC são uma consequência de a China se erguer economicamente e das tentativas de tentar contê-la.

“A China adquire cada vez mais peso econômico e se torna mais e mais independente nas relações comerciais e econômicas”, disse Larin. “Agora pode acontecer uma confrontação entre dois diferentes formatos comerciais e econômicos que os EUA e a China criaram na região Ásia-Pacífico. São a Parceria Trans-Pacífico (TPP, na sigla em inglês) e a Parceria Econômica Abrangente Regional (RECP, na sigla em inglês). Por trás destes formatos pode ver-se a luta entre os EUA e a China pelo espaço económico, assim que a sua influência geopolítica”.

Alguns especialistas também afirmam que nem todos os aspetos fiscais e alfandegários da zona de livre comércio, que está em elaboração, correspondem às regras da OMC. Isso significa que no futuro haverá ainda mais disputas comerciais entre os países, inclusive entre a China e os EUA.

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