“Eu tenho informações de que a presença russa na Síria, para o bem ou para o mal, veio pacificar uma série de zonas no território sírio e algumas populações veem inclusive os russos como autênticos heróis”.
O jornalista também se mostrou crítico relativamente à posição da União Europeia quanto a estes temas, destacando a atitude distraída da Europa:
“A visão geral que eu tenho do problema sírio, agora associado aos recentes acontecimentos, é que a União Europeia esteve e continua a estar demasiado distraída em relação àquilo que é essencial nesse problema”.
“Estamos a falar de gente que não sabe o que é a segurança no seu cotidiano, não sabe o que é uma vida normal há muitos anos”.
O especialista usou uma metáfora para descrever as relações entre a União Europeia e a Rússia:
“Para mostrar a relação com a Rússia, eu sempre ouvi dizer que ‘as moscas não se caçam com vinagre, caçam-se com mel’. Eu acho que falta um pouco desse ‘mel’ à União Europeia no relacionamento com os russos, para que, de alguma maneira, se possa chegar a entendimentos que têm que ser necessariamente mais vastos e que, sobretudo, evitem confrontos que, como se tem visto, vão cair-nos nos braços a todos”.