EUA esperam pelo próximo presidente para combater Estado Islâmico

© AP PhotoCombatentes do grupo terrorista Estado Islâmico no Iraque, cidade de Mosul. 25 de junho de 2014
Combatentes do grupo terrorista Estado Islâmico no Iraque, cidade de Mosul. 25 de junho de 2014 - Sputnik Brasil
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Na sequência da noite de terror em Paris e da derrubada do avião russo no Egipto, os líderes mundiais parecem estar realmente mais determinados a combater ao Estado Islâmico, grupo que esteve por trás dos ataques. Barack Obama está entre eles, considera o jornalista Charles Krauthammer, as suas prioridades aparentemente são outras.

Vejamos como os presidentes francês e americano reagiram à tragédia em Paris. Enquanto "François Hollande reagiu furiosamente ao 9/11 do seu país", Obama mostrou "cansaço e aborrecimento," escreveu o colunista vencedor do Prêmio Pulitzer em um artigo de opinião intitulado "A Falsa Guerra de Obama». 

«A coletiva de imprensa [de Obama] na Turquia foi marcada por um tom estranhamente passivo, desapego e lassidão, agravada pela impaciência e irritabilidade para com a sugestão de que a sua estratégia síria pode estar falhando", acrescentou Krauthammer.

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Hollande apressa Obama para intensificar luta contra Estado Islâmico
No ano passado, quando o cerco de Sinjar e o sofrimento dos yazidis lançaram luz sobre a real brutalidade do Estado Islâmico, o presidente dos EUA parecia estar disposto a destruir o grupo terrorista. Agora, de acordo com o jornalista, Obama não mostra qualquer entusiasmo e está, essencialmente, liderando uma "falsa" coligação. 

"Na campanha aérea na Síria faz-se em média sete bombardeios por dia. Sete. Na Operação Tempestade no Deserto, realizávamos 1.100 surtidas por dia. Mesmo na campanha do Kosovo, nós calculamos a média de 138. Obama está fazendo apenas o suficiente na Síria para dar a aparência de ação, o que não o suficiente para ter alguma chance de sucesso", lamentou o jornalista.

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«EUA estão condenados a combater o EI para sempre»
Por sua vez, Hollande está fazendo todos os esforços para criar uma coalizão real, capaz de vencer o EI. Comparando com Espanha, a França se tornou ainda mais decidida a levar a paz à Síria, devastada pela guerra. Em 2004, terroristas filiados à al-Qaeda detonaram bombas em vários trens em Madrid, deixando 191 mortos e mais de 1.800 feridos. A Espanha retirou as suas forças do Iraque após os ataques.

Os Estados Unidos não parecem estar a tomar parte nos esforços de Hollande — pelo menos por agora. Washington não conduz verdadeiramente uma guerra contra o terror na Síria, em contraste com os antecessores de Obama.

«Durante as 11 presidências de pós-Segunda Guerra Mundial, a liderança das coalizões tem pertencido aos Estados Unidos. Onde está a América hoje? Aguardando um presidente. O próximo presidente", opina Krauthammer.

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