Deputado francês: ‘É muito simples, estamos em guerra’

© AP Photo / Kamil ZihniogluTropa de elite da policía francesa perto do teatro Bataclan, em Paris
Tropa de elite da policía francesa perto do teatro Bataclan, em Paris - Sputnik Brasil
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Um deputado da Assembleia Nacional Francesa pediu aos políticos franceses para reconsiderar a política externa do país no rescaldo dos ataques terroristas da sexta-feira (13) em Paris, o maior na história do país. Seis atentados separados deixaram pelo menos 128 mortos e 180 feridos.

"É muito simples, estamos em guerra. Estamos combatendo diversos tipos de jihadistas e o Estado islâmico", disse Jacques Myard, que é deputado pelo partido Les Republicains na câmara baixa do parlamento da França.

"Devemos nos armar, temos de estar muito vigilantes, não há alternativa", disse Myard à Sputnik no sábado, explicando que, na sua opinião, a França tem feito alguns movimentos errados no combate ao terrorismo na Síria.

"Temos de ir mais longe, a França precisa reavaliar a sua política externa, particularmente na Síria. Eu acho que nós temos seguido uma política equivocada. Hoje, aqueles que estão lutando contra os jihadistas são aqueles em Damasco, com o apoio do Irã e da Rússia".

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Embora o presidente sírio "Bashar Assad não seja um santo", disse Myard, o seu governo não é inimigo da França.

"O inimigo hoje é o Estado Islâmico, os jihadistas da al-Qaeda, não é Bashar Assad que é o inimigo da França”.

Segundo o deputado, para pôr fim ao terrorismo, é necessário encontrar urgentemente uma solução para a crise na Síria.

Além disso, a revisão da política da Europa sobre a liberdade de movimento também pode ajudar a França a enfrentar a ameaça extremista, disse o deputado:

"É claro que precisamos fechar as nossas fronteiras. A utopia do Schengen deve ser reconsiderada”.

"Não podemos continuar contando com uma fronteira externa da União Europeia. Durante vários anos, temos permitido os estrangeiros que não se assimilam, nem não se integram, ou apenas fingem ser integrados, entrarem no nosso país. Nós certamente temos células adormecidas, e nós vamos as identificar", disse Myard.

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