Mudança de poder na Síria favorece Estado Islâmico

© AP Photo / Vahid SalemiPresidente sírio Bashar Assad
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Ao contrário da Rússia, os países ocidentais, primeiramente os Estados Unidos e os seus aliados europeus, não consideram Bashar Assad parte do futuro da Síria e apoiam a oposição local, cujo alvo principal é derrubar o regime de Assad.

Entretanto, a Rússia tem prestado apoio tanto ao governo como ao povo deste país, mergulhado na guerra civil desde 2011.

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Em entrevista ao jornal russo Komsomolskaya Pravda, o representante oficial do Ministério das Relações Exteriores russo Maria Zakharova disse que, no caso de acontecer uma operação de mudança do regime neste país do Oriente Médio, esta não somente terá consequências desastrosas para a Síria, como será o elemento mais perigoso na cadeia de eventos que ocorrem na região.

“A região pode não aguentar mais um buraco negro”, disse Zakharova.

O representante oficial da chancelaria russa afirmou que as consequências que se seguirão são benéficas para o Estado Islâmico porque uma maior área de caos corresponde aos seus interesses.

“É por isso que o objetivo mais importante é preservar a estrutura de poder sírio”, destacou Zakharova.

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Zakharova indica a diferença fundamental entre as atitudes relativamente à situação na Síria de Moscou e de Washington. Enquanto para a Rússia é importante derrotar o terrorismo na Síria, Washington está preocupado com a sua reputação. A operação na Síria é uma questão que tem a ver com a liderança dos Estados Unidos.

“Para nós é uma outra questão. Fizemos absolutamente tudo para que ninguém que queira participar da regularização do conflito na Síria se sentia em desvantagem”.

Os dados provam que a eficiência da campanha militar norte-americana no Oriente Médio está em dúvida, enquanto a aviação russa realizou desde 30 de setembro mais de 1,6 mil voos, alvejando mais de 2 mil locais na posse dos jihadistas.

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