Perspectivas de desenvolvimento dos BRICS não provocam dúvidas

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A Goldman Sachs fechou o Fundo dos BRICS que consumava investir na Rússia, Brasil, Índia e China.

Segundo a agência Bloomberg, que cita o documento da Comissão norte-americana de Títulos e Câmbio dos Estados Unidos, o Fundo dos BRICS foi integrado no Fundo de Apoio aos Mercados em Desenvolvimento. A respetiva decisão foi provocada pelas perdas sofridas pelo fundo, indica Sergey Karataev, do Centro de Pesquisas Econômicas do Instituto de Estudos Estratégicos da Rússia.

“Este é um acontecimento ao nível da empresa de investimentos e do mercado de investimentos. Existem centenas e milhares de fundos deste tipo. Um deles foi fechado, outro – aberto. Atualmente, do ponto de vista dos investidores, os índices de fundos dos países dos BRICS mudaram. O mercado russo continua sem crescimento e o Brasil tem problemas. Ao mesmo tempo, aconteceu o colapso no mercado chinês, mas este já foi ultrapassado. Mesmo assim, é preciso considerar o índice de todos os países – agora é pouco prático manter um fundo destes.”

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Os organizadores do Fundo dos BRICS, quando o criaram, esperavam grandes lucros de investimentos na economia chinesa, bem como lucros de atividades na Rússia, Índia e Brasil. Em 2010, o Fundo dos BRICS atingiu o ponto culminante do seu desenvolvimento e já em 2011 o especialista em economia da empresa multinacional de investimento Goldman Sachs Dominic Wilson previu a queda de interesse pelos BRICS devido ao desemprego nestes países. 

Enquanto isso, as dificuldades atuais não significam a fraqueza dos BRICS, sublinha o especialista russo Sergey Karataev.

“Se olharmos para os relatórios das organizações internacionais de financiamento (FMI, Banco Mundial), vemos que nos últimos anos os países dos BRICS começaram a se destacar como um grupo isolado. Este fato significa que o mundo começou a compreender que esta união existe e que as perspectivas da sua existência não provocam dúvidas.”

Além disso, Karataev nota que não devemos ver o grupo BRICS só como um bloco econômico.

“O BRICS não é só um projeto econômico. Nas questões da economia e finanças este só se mostra mais. A união é também caracterizada pela cooperação na ciência e educação.” 

Mas, mesmo que só examinemos a parte econômica da cooperação, o especialista nota que basta lembrar-nos dos êxitos da Cúpula dos BRICS na cidade russa de Ufa. Os países-membros do grupo decidem as questões de investimentos através do Banco dos BRICS, além do Arranjo Contingente de Reservas. Estes são um tipo de ajuda mútua para os países que fazem parte do grupo. A criação destas instituições pode criar a concorrência justa ao Fundo Monetário Internacional, bem como proteger os países-membros da influência ocidental.

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