Turquia vai às urnas pela segunda vez em 5 meses

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Os turcos votaram pela segunda vez em cinco meses neste domingo, em uma eleição crucial para determinar se o partido no poder pode restaurar a maioria parlamentar que teve durante 13 anos.

A disputa é reprise de uma eleição de junho na qual o governista Partido Justiça e Desenvolvimento (AKP) surpreendentemente perdeu o seu regime de partido único, devido a uma forte presença do partido curdo. A questão-chave é saber se neste domingo o partido no poder receberá assentos suficientes para obter uma maioria absoluta no Parlamento ou se terá de formar uma coalizão para governar.

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A eleição ocorre enquanto a Turquia enfrenta a pior onda de violência dos últimos anos. A disputa renovada entre forças de segurança do país e rebeldes curdos matou centenas de pessoas. Dois recentes atentados suicidas em reuniões de pessoas favoráveis aos curdos mataram cerca de 130, tendo sido aparentemente cometidas por um grupo dentro do Estado Islâmico, e elevaram as tensões no país.

A Turquia é um aliado-chave dos Estados Unidos na luta contra o Estado islâmico e, uma vez que recebe mais refugiados sírios do que qualquer outra nação no mundo, é um participante crucial para acabar com a guerra na Síria e resolver a crise de imigração na Europa.

Mais de 54 milhões de pessoas são elegíveis de votar. No total, há mais de 175 mil locais de voto. A expectativa é de que a participação se mostre elevada. 

A votação foi no geral pacífica, mas a polícia usou spray de pimenta para dispersar uma briga entre pessoas que apoiam o partido no poder e outras favoráveis aos curdos, em uma província ao nordeste de Kocaeli.

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O resultado determinará se o presidente Recep Tayyip Erdogan poderá manter o principal poder político na Turquia, por meio da liderança do partido no poder. 

Erdogan advertiu sobre a instabilidade, se um governo de coalizão for formado, mas também diz que vai aderir aos desejos dos eleitores.

"Vamos todos ter de mostrar respeito à vontade nacional", disse ele, depois da votação, em Istambul. "A Turquia fez grandes avanços na democracia e este avanço será reforçado com a eleição de hoje."

Erdogan pediu uma nova eleição após o primeiro-ministro Ahmet Davutoglu não conseguir formar uma coalizão com nenhum dos três partidos da oposição no Parlamento, depois da votação de junho.

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