Internet – mais uma área para hegemonia dos EUA?

© AFP 2023 / ISSOUF SANOGOComputadores. Foto de arquivo
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A Roskomnadzor (Serviço Federal de Supervisão das Comunicações, TI e Comunicação de massa) negou na semana passada (15) a informação da mídia de que estaria preparando, juntamente com o Ministério das Comunicações da Rússia, um experimento sobre a possível desconexão da Rússia da rede Internet.

O especialista chinês Wang Xiaofeng, vice-chefe do Centro de pesquisa norte-americano da Universidade de Fudan comentou à Sputnik as possíveis consequências de uma rede autônoma nacional para cada Estado, um tema muito falado atualmente.

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“Atualmente o tema de criação de uma Internet autônoma para os sites comerciais, portais de informação e redes sociais é muito falado. Mas a desvantagem principal é o fato de que tal autonomia impede o desenvolvimento que a Internet oferece. No entanto, neste caso são tidas em conta as questões de segurança.” 

Enquanto isso, o mundo ainda não tem uma base jurídica única para regular a Internet e várias especialistas já têm falado sobre a possível ameaça de uma guerra cibernética. Na atual situação, o isolamento de um país da rede digital global parece pouco possível já que, segundo o especialista, “um país não tentará desligar a Internet sem uma razão bastante válida”.

Mesmo que a Internet é a rede aberta e única para todos, ainda não existem leis e regularizações que permitiam combater ameaças cibernéticas, a grande razão para que é o desejo dos EUA de guardar a hegemonia eletrônica.

 “Não existem normas de mecanismos internacionais de cibersegurança ou controle de atividades na rede, porque de fato esta é regulada com base nas leis existentes e no sistema política em cada país. Deste modo, os países controlam a sua rede interna.”

A China, juntamente com a Rússia, considera necessário adotar um código comum de comportamento na área de segurança na Internet e manifestam-se contra a ditadura de outros Estados nesta área. Em particular, Wang Xiaofeng explicou:

“Para verificar as ações feitas na Internet é preciso determinar a localização das ações, mas todos os servidores raiz são dirigidos a partir dos EUA, Japão, Grã-Bretanha e Holanda. […] Nenhum país gostaria de passar o controle sobre regulação da Internet à ONU ou qualquer outra organização internacional. O controle deve ser realizado por organizações não governamentais globais, que ainda não existem.”

Segundo lembrou o especialista, em maio do ano corrente os países assinaram um acordo que poderá se tornar a base para a futura legislação na área de cibersegurança:

“A cooperação pode resolver o problema de controle do comportamento na rede. Assim, em maio do ano em curso a Rússia e a China assinaram o respetivo acordo, em setembro a mesma compreensão 

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foi alcançada entre os EUA e a China, durante a visita de Xi Jinping [o presidente chinês]. Os EUA e a Europa têm o acordo similar.”

A atenção especial dada à segurança na Internet, bem como em todo o mundo digital, pode ser explicada pelos vazamentos do WikiLeaks, que periodicamente revela informações sobre espionagem à escala internacional.

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