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Dilma Rousseff diz na Suécia que não acredita na concretização do impeachment

REPORTAGEM DILMA SUECIA 2 DE 19 10 15
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Em discurso na abertura do Fórum Empresarial Brasil-Suécia, em Estocolmo, nesta segunda-feira (19), a Presidenta Dilma Rousseff afirmou para empresários e autoridades suecas que o Brasil continua a ser uma opção segura e atraente para investimentos.

O encontro teve como objetivo fortalecer as relações bilaterais em setores estratégicos dos dois países. Atualmente, mais de 200 empresas suecas operam no Brasil, principalmente no setor de tecnologia, gerando aproximadamente 70 mil empregos no país.

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A presidente ressaltou que a Suécia é um tradicional investidor no Brasil, com presença nos setores de telecomunicações, farmacêutico, de aviação e de defesa. Dilma lembrou ainda que nos últimos 10 anos o intercâmbio bilateral comercial entre os países cresceu 45%, sendo que entre 2009 e 2014 os investimentos suecos no Brasil mais que triplicaram, atingindo um estoque em torno de US$ 4,5 bilhões.

Após o seminário, a Presidenta Dilma concedeu entrevista coletiva ao lado do primeiro-ministro sueco, Stefan Löven, e comentou o momento político e econômico do Brasil. Ao ser questionada sobre as possibilidades de um impeachment, Dilma afirmou não acreditar que um processo realmente se concretize.

“O Brasil está em busca da estabilidade política, e não acreditamos que haja qualquer processo de ruptura institucional”, garantiu Dilma Rousseff. “Nós somos uma democracia, e temos tanto um Legislativo, um Judiciário e um Executivo independentes e que funcionam com autonomia, mas também com harmonia. Não acreditamos que haja nenhum risco de crise política mais acentuada.”

A presidente também foi indagada se a crise econômica no Brasil vai afetar a compra dos caças Gripen NG, realizada entre o Governo brasileiro e a empresa Saab. Dilma disse que o projeto é um dos maiores com participação brasileira e que o momento econômico do país não vai prejudicar o negócio.

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“A questão da crise econômica no Brasil não terá qualquer impacto sobre os contratos Gripen. Vamos lembrar que tanto a Europa quanto os Estados Unidos passaram nos anos 2008 e 2009 por uma grave crise, de proporções bastante fortes e profundas, talvez a maior crise desde 1929, e houve um processo de recuperação e todos os contratos existentes foram mantidos. Não vejo nenhuma razão para que isso não ocorra com o Brasil, que tem uma economia estruturalmente sólida. Nós não temos bolhas de crédito. Nós não temos nenhum processo estrutural que leve o Brasil a uma crise profunda. Não temos problemas monetários. Acredito que a crise no Brasil é uma crise conjuntural, está sendo enfrentada, tem dificuldades.”

Dilma Rousseff ainda falou sobre a questão do acordo comercial do Mercosul com a União Europeia. Segundo a presidente, o Mercosul está preparado para apresentar as propostas comerciais à UE. O objetivo é alcançar um acordo entre os dois blocos até o final do mês de novembro.

“Nós esperamos apresentar as ofertas comerciais do Mercosul com a União Europeia na data aprazada com a comissaria para as questões comerciais da UE até o final de novembro. Somos muito otimistas em relação ao acordo. Achamos que, do ponto de vista do Mercosul, ele está pronto para ser assinado, e acreditamos que do ponto de vista da União Europeia também os sinais são bem positivos.”

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Depois do Fórum com o empresariado sueco, a Presidenta Dilma Rousseff cumpriu o último compromisso oficial na Suécia, visitando as instalações da Saab, fabricante dos caças do modelo Gripen, comprados pelo Brasil. A fábrica fica na cidade de Linköping, a 200km de Estocolmo.

Em seguida, a Presidenta Dilma seguiu para Helsinque, capital da Finlândia, onde na terça-feira (20) faz visita oficial de Estado com o objetivo de estreitar também as relações comerciais e de investimentos em ciência, tecnologia e inovação, e principalmente em bioenergia e educação.

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