Premiê russo: Síria deve ser encabeçada por um poder civilizado

© Sputnik / Alexander Astafyev / Acessar o banco de imagensPrimeiro-ministro russo Dmitry Medvedev
Primeiro-ministro russo Dmitry Medvedev - Sputnik Brasil
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Não é importante para a Rússia quem governará a Síria no futuro, o principal é que seja um poder legítimo e civilizado e não os terroristas do Estado Islâmico (EI), disse o primeiro-ministro russo Dmitry Medvedev.

Em uma entrevista ao canal televisivo Rossiya, o premiê afirmou que, quando a Rússia propôs realizar um encontro para resolver a situação na Síria, os representantes da parte norte-americana se mostraram surpreendidos e perguntaram: “Será que vocês querem também discutir os assuntos políticos?”

“Mas são os assuntos políticos que é necessário discutir. Para a Rússia, para os EUA, para todos os países que estão interessados em que nessa região e na Síria haja paz, haja autoridades normais. Não é importante quem irá governar. Mas não queremos que a Síria seja liderada pelo EI, correto? Deve ser, sim, um poder civilizado, legítimo. São estas questões que é necessário discutir”.

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Dmitry Medvedev nau fez previsões acerca das ações dos parceiros americanos. 

«Quem viver, verá. Vamos ver quais as decisões que eles vão tomar. Em todo o caso, quero reiterar: é evidente que o nosso país dá neste sentido o primeiro passo e estamos dispostos ao diálogo», adicionou o primeiro-ministro russo.

É de lembrar que antes os EUA se recusaram a reunir com uma delegação russa chefiada por Medvedev para discutir o problema sírio. Ele assinalou que considera tal reação da administração norte-americana como estranha.

«Eclodiu um conflito muito sério ao qual é preciso reagir, mas a reação da atual administração norte-americana é bastante estranha. Ela é criticada por quê? Porque a administração atual se permite o que não é possível permitir – fraqueza, indecisão, incompetência – e simplesmente não toma as medidas necessárias para defender as suas prioridades».  

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O premiê russo ressaltou mais uma vez que as Forças Aeroespaciais russas realizam ataques aéreos não para defender Bashar Assad mas contra os terroristas.

“Claro que os não combatemos por líderes concretos, defendemos os nossos interesses nacionais, por um lado. O presidente disse isso: é evidente que, se não eliminarmos estes terroristas onde eles estão, eles vão chegar à Rússia. Por outro lado, é a solicitação das autoridades legítimas. Nos baseamos nisso”, disse Medvedev.

Desde 30 de setembro a Rússia começou a realizar ataques aéreos contra as instalações do Estado Islâmico (EI) na Síria sob o pedido do presidente Bashar Assad. Por enquanto a Força Aeroespacial russa fez duas centenas de ataques contra os terroristas, destruindo cerca de 300 militantes, campos de treinamento, centros de comando, armazéns dos armamentos e outras instalações. Além disso, 26 mísseis de cruzeiro foram lançados pelos navios da Frota do mar Cáspio que atingiram com sucesso os alvos do EI.

O Estado-Maior russo disse que os militantes do EI sofrem perdas significativas e estão mudando o tático, se escondendo nas povoações. Segundo os militares russos, os alvos são escolhidos na base dos dados da inteligência russa, síria, iraquiana e iraniana. Se usam armamentos de alta precisão.

O embaixador da Síria para a Rússia, Riad Haddad, confirmou antes que os ataques são realizados contra os agrupamentos armados, nem a oposição ou civis. Segundo ele, cerca de 40% das infraestruturas jihadistas no país árabe foram destruídas desde o início das operações militares russas.

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