“Não foi feita nenhuma referência à questão dos mísseis no Plano Integrado de Ação Conjunta (acordo sobre o programa nuclear iraniano) e acredito seriamente que nossos testes de mísseis não estão de forma alguma relacionados com a Resolução 2.231”, disse Zarif após reunião com o chanceler alemão, Frank-Walter Steinmeier.
No domingo (11), o Irã testou com sucesso o míssil balístico de longo alcance Emad, projetado para ser guiado até o momento do impacto. O ministro da Defesa do país, general Hossein Dehqan, disse a repórteres ao comemorar o sucesso dos lançamentos que esta arma aumentaria consideravelmente o poder militar e a capacidade tática do país.
Logo após o anúncio do sucesso dos testes do míssil Emad, alguns veículos da imprensa ocidental lançaram dúvidas quanto a legalidade do passo militar iraniano, alegando que seria uma violação à Resolução 2.231 do Conselho de Segurança da ONU.
No dia 14 de julho, o Irã e o sexteto, grupo de mediadores internacionais formado por Rússia, China, EUA, Reino Unido, França e Alemanha, assinaram um acordo sobre o programa nuclear iraniano, o Plano de Ação Conjunta Geral. O documento prevê a verificação da natureza pacífica das ações atômicas da República Islâmica em troca do levantamento das sanções econômicas e financeiras à Teerã.