Segundo ele, “os EUA e seus aliados devem ser advertidos: Vladimir Putin contabilizou mais um sucesso”, observou no artigo intitulado “A marinha de Putin envia um tiro de advertência a Obama”. Mas não foi o uso de mísseis de cruzeiro em si que chocaram Washington, mas a combinação deste tipo de foguetes guiados com a corveta que o disparou.
“A revelação foi que a Rússia havia combinado os dois, dando aos relativamente pequenos navios (a classe Buyan-M desloca apenas 950 toneladas) um poder de fogo comparável ao muito maiores destróieres norte-americanos da classe Arleigh Burke e aos cruzadores com mísseis de classe Ticonderoga. Usando as corvetas e o sistema de mísseis de cruzeiro Kalibr NK, o Kremlin enviou um tiro através do arco da América”, explicou Harshaw.
A Rússia “está declaradamente renovando sua frota de Guerra Fria e acrescentando os minissubmergíveis Piranya, que podem colocar minas submarinas, torpedos de incêndio e levar pequenas equipes de combate subaquáticos. Com um deslocamento minúsculo de 390 toneladas e um casco de liga de titânio, eles correm praticamente silenciosos”, lembra Harshaw.
Em segundo lugar, Moscou tentou impressionar os potenciais compradores de equipamentos militares da Rússia, de acordo com o especialista.
“Não é surpresa que as exportações de grandes armas russas aumentaram 37% entre 2005 e 2014. As ofertas incluem o sistema de mísseis de cruzeiro Klub-K, uma versão do Kalibr que se encaixa em alguns contêineres e é vendido por até US$ 20 milhões”, observou o articulista.