Analista dos EUA diz que mísseis russos disparados do Cáspio impressionaram

© Foto / Ministry of Defence / Acessar o banco de imagensFrota russa no Mar Cáspio.
Frota russa no Mar Cáspio. - Sputnik Brasil
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O especialista norte-americano em segurança militar Tobin Harshaw escreveu um artigo afirmando que os bem sucedidos disparos de mísseis cruzeiros contra alvos do Estado Islâmico são muito mais impressionantes do que muitos pensam.

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No texto, publicado em Bloombergview, Harshaw sustenta que a Rússia poderia ter disparado os mísseis a partir do Mediterrâneo, se os objetivos militares fossem a única consideração. No entanto, Moscou optou por lançar os mísseis do Mar Cáspio “simplesmente para mostrar que era capaz de fazê-lo”.

Segundo ele, “os EUA e seus aliados devem ser advertidos: Vladimir Putin contabilizou mais um sucesso”, observou no artigo intitulado “A marinha de Putin envia um tiro de advertência a Obama”. Mas não foi o uso de mísseis de cruzeiro em si que chocaram Washington, mas a combinação deste tipo de foguetes guiados com a corveta que o disparou.

“A revelação foi que a Rússia havia combinado os dois, dando aos relativamente pequenos navios (a classe Buyan-M desloca apenas 950 toneladas) um poder de fogo comparável ao muito maiores destróieres norte-americanos da classe Arleigh Burke e aos cruzadores com mísseis de classe Ticonderoga. Usando as corvetas e o sistema de mísseis de cruzeiro Kalibr NK, o Kremlin enviou um tiro através do arco da América”, explicou Harshaw.

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Moscou tinha dois objetivos em mente, afirmou o analista. O primeiro foi para demonstrar o que é conhecido como a letalidade distribuída de guerra, que se baseia na ideia de que um país tem para espalhar suas armas e tecnologias militares por todas as unidades menores, a fim de aumentar as suas capacidades. “As corvetas da classe Buyan são um belo exemplo de uma unidade menor, entretanto, não é a única que a Rússia possui”, destacou.

A Rússia “está declaradamente renovando sua frota de Guerra Fria e acrescentando os minissubmergíveis Piranya, que podem colocar minas submarinas, torpedos de incêndio e levar pequenas equipes de combate subaquáticos. Com um deslocamento minúsculo de 390 toneladas e um casco de liga de titânio, eles correm praticamente silenciosos”, lembra Harshaw.

Em segundo lugar, Moscou tentou impressionar os potenciais compradores de equipamentos militares da Rússia, de acordo com o especialista.

“Não é surpresa que as exportações de grandes armas russas aumentaram 37% entre 2005 e 2014. As ofertas incluem o sistema de mísseis de cruzeiro Klub-K, uma versão do Kalibr que se encaixa em alguns contêineres e é vendido por até US$ 20 milhões”, observou o articulista.

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