Político francês: ‘Duvido que EUA queiram liquidar Estado Islâmico’

© Sputnik / Mikhail Voskresenskiy / Acessar o banco de imagensDeputado da Assembleia Nacional da França Thierry Mariani
Deputado da Assembleia Nacional da França Thierry Mariani - Sputnik Brasil
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O deputado francês Thierry Mariani declarou que não percebe para que lutar contra o Estado Islâmico separadamente se é possível coordenar as ações para que o combate seja mais eficiente.

A recusa dos EUA de receber a delegação russa para discutir a cooperação na luta contra Estado Islâmico põe em dúvida a prontidão de Washington de combater extremistas, disse em entrevista à Sputnik o deputado da Assembleia Nacional francesa e co-presidente as associação Diálogo Franco-Russo, Thierry Mariani.

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Discursando na quarta-feira (14) na Duma de Estado (câmara baixa do parlamento russo), o ministro das Relações Exteriores Sergei Lavrov afirmou que a Rússia pretendia enviar aos EUA a delegação militar russa encabeçada pelo primeiro-ministro russo Dmitry Medvedev para coordenar ações no combate ao terrorismo. Ao mesmo tempo, os EUA afirmaram que não podem receitar a delegação e também não podem enviar a norte-americana a Moscou. 

“Considero isso uma adivinha porque todos lutam contra o Estado Islâmico, precisamos de coordenação”, disse à agência Mariani acrescentando que “a posição dos norte-americanos que ocupam desde o início de operação russa na Síria põe em dúvida o desejo real dos EUA de liquidar o Estado Islâmico”.

O deputado francês destacou também que a coordenação de esforços entre os países envolvidos nas ações militares na Síria fará com que operação contra o Estado Islâmico seja mais eficiente.

“É necessário organizar isso rapidamente porque precisamos de coordenação porque pode acontecer um acidente entre as forças presentes no céu sobre a Síria”, disse Mariani.

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Desde 30 de setembro último, a pedido do presidente sírio Bashar Assad, a Rússia iniciou ataques localizados contra as posições do Estado Islâmico na Síria, usando aviões Su-25, bombardeiros Su-24M, Su-34, protegidos por caças Su-30SM.Segundo os dados mais recentes, as Forças Aeroespaciais russas realizaram, desde o início da operação, cerca de 450 ataques contra as posições dos terroristas, destruindo cerca de 300 militantes, assim como postos de comando, campos de treinamento e arsenais.

Além disso, os navios da Frota do Mar Cáspio lançaram 26 mísseis de cruzeiro contra os territórios controlados pelos jihadistas. A precisão de ataque é de cerca de 5 metros. Os alvos dos ataques são estabelecidos com base nos dados de reconhecimento russo, sírio, iraquiano e iraniano.

O embaixador sírio na Rússia, Riad Haddad, confirmou que as missões aéreas são realizadas contra organizações terroristas armadas, e não contra grupos da oposição política ou civis.

Segundo os dados do Estado-Maior russo, os militantes do EI sofrem danos significativos e mudam de tática espalhando as suas tropas e escondendo-se em povoações. Na linha de contato com as forças governamentais sírias, eles perderam a maior parte das munições e material bélico e uma série de grupos que fazem parte do Estado Islâmico já são prontos a deixar a zona de hostilidades. 

O presidente russo Vladimir Putin anteriormente confirmou que os prazos da operação aérea russa na Síria são limitados pela operação ofensiva dos militares sírios e excluiu a possibilidade de uso das Forças Armadas russas em hostilidades terrestres.

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