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Inteligência brasileira vai combater terrorismo e ataques cibernéticos nos Jogos 2016

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O papel dos serviços de Inteligência na segurança dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 foi tema de debate na Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência do Senado.

Durante o encontro, que reuniu representantes da Prefeitura do Rio, autoridades de segurança e parlamentares, foi destacada a importância que o setor de inteligência tem tido nos grandes eventos que vêm ocorrendo no Brasil, como a Rio+20, em 2012, a visita do Papa Francisco na Jornada Mundial da Juventude, em 2013, e a Copa do Mundo, no ano passado.

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O diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Wilson Roberto Trezza, destacou que “tudo começa na Inteligência, e a Inteligência começa a trabalhar muito antes da realização dos jogos esportivos”. Ele explicou que a Abin vai atuar em ações preventivas de combate ao terrorismo, com pessoas que atuam em rede, em agências de turismo e aeroportos, em articulação com serviços de inteligência estrangeiros.

“Nosso trabalho fundamentalmente é, antes do evento, durante o evento e logo posteriormente ao evento, a prevenção e a antecipação de fatos que possam permitir que toda a estrutura, toda a segurança da atividade esportiva ocorra da maneira mais desejável possível”, afirmou Trezza.

De acordo ainda com Wilson Roberto Trezza, os Jogos Olímpicos vão contar  com 103 representantes de inteligência e 206 países participantes. Ele destacou que o serviço da Abin é feito em  articulação tanto com profissionais brasileiros dos três níveis de governo quanto com representantes do setor em outros países.

Trezza acrescentou que um dos trabalhos estratégicos da Agência realizados no período pré-Jogos consiste em fazer uma varredura dos perfis de todos os interessados em se credenciar, seja no evento propriamente dito, seja no tour da Tocha Olímpica, que vai passar por 300 cidades.

O representante do Ministério da Defesa, Coronel do Exército Marcelo Silva Rodrigues, acredita que a realização de uma Olimpíada será ainda mais desafiadora para o trabalho da Inteligência das Forças Militares, destacando a preparação no combate a crimes cibernéticos e possíveis ataques terroristas.

“Ações terroristas ou sabotagem de qualquer natureza são um desafio: criminalidade e violência urbana, comprometimento do sistema de mobilidade urbana, comprometimento da saúde pública, comprometimento de serviços essenciais, ataques cibernéticos, fenômenos naturais”, enumerou o Coronel Rodrigues.

Ele explicou que, das 669 organizações militares do Exército espalhadas pelo Brasil, a maioria tem pelo menos uma sessão de Inteligência Classe C, capaz de fornecer dados e produzir informes para o sistema de Inteligência.

No campo externo, o militar citou a atuação dos adidos de Defesa, que têm a atribuição de solicitar informações às autoridades no exterior.

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O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, também esteve presente na audiência pública e afirmou que a responsabilidade pelas atividades de Inteligência das Olimpíadas foram essencialmente direcionadas para o Governo Federal, cabendo ao município um papel complementar e de organização do evento esportivo.

“Em tempos de paz, tirando uma situação de guerra, não há evento, não há acontecimento que exija uma operação logística tão grande”, disse o prefeito. “A gente sabe que essas atividades de inteligência e segurança dos Jogos estão essencialmente voltadas ou direcionadas para serem de responsabilidade do Governo Federal e do Governo do Estado, das forças tradicionais de Segurança Pública, cabendo aí ao município um papel muito complementar, com a Guarda Municipal, mas aí de novo essencialmente complementar. Obviamente, a grande tarefa da Prefeitura nos Jogos Olímpicos é a de preparação do evento.”

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