Poroshenko deixa escapar confiança dos ucranianos

© AFP 2023 / PATRIK STOLLARZPresidente ucraniano Pyotr Poroshenko, 14 de maio de 2014
Presidente ucraniano Pyotr Poroshenko, 14 de maio de 2014 - Sputnik Brasil
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A maioria dos ucranianos está desiludida com o estado atual no país e a sua confiança em seus líderes políticos é cada vez menor desde o ano passado, de acordo com uma nova pesquisa divulgada pela Fundação Internacional para Sistemas Eleitorais (IFES, na sigla inglesa).

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As principais revelações da 25a sondagem anual da IFES, realizada na Ucrânia em 25 de setembro de 2015, foram publicadas no site oficial da fundação, com sede em Washington. 

Segundo os resultados da sondagem, mais de metade dos ucranianos (56%) opina que o pais está se desenvolvendo numa direção errada enquanto outros 20% estão seguros de que se desenvolve na direção correta. 

A convicção de que o país não se está desenvolvendo na direção certa é muito popular porque, em cada região, a maioria expressa esta opinião. Apenas 28% dos respondentes em cada região pensam o contrário.

Na sondagem realizada pela IFES em setembro de 2014, os índices eram um pouco diferentes. Os que consideram que o país se desenvolvia de modo errado constituíram 42%, os que tinham uma opinião contrária, 34%.

A pesquisa também revelou “uma redução gradual da confiança nos líderes políticos”. 

Ao todo, 62% dos respondentes dizem não ter confiança no presidente Poroshenko enquanto somente 32% expressa confiança no seu líder.

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Isso é muito menos do que no ano passado, quando 69% disseram que estavam confiantes no presidente ucraniano.

Os dados sobre a confiança no primeiro-ministro ucraniano Arseny Yatsenyuk também se alteraram. Ele mostrou uma queda semelhante na confiança: de 60% em setembro de 2014 para 20% nesta pesquisa.

O presidente do partido Udar (Golpe), Vitaly Klichko, também sofreu uma diminuição no que tange à confiança da população ucraniana, de 43% no ano passado para 25% agora.

A maioria dos ucranianos opina que as aspirações que havia na altura das manifestações e mudança de governo no início de 2014 não foram consideradas de forma adequada pelos líderes ucranianos. 

Os dados da sondagem indicam que a falta de mudanças positivas que, segundo as esperanças da população, deviam acontecer depois dos acontecimentos em Maidan, em conjunto com a situação econômica muito grave no país, contribuíram para a alteração dos ânimos positivos da população ucraniana, que esperava reformas políticas e sociais.

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Tendo em conta as tendências precedentes na sociedade ucraniana, há o perigo de que, se não se resolverem os problemas aos quais os ucranianos dão grande importância, a possibilidade de reformas desaparecerá e os ucranianos mergulharão no cinismo e apatia política que já foram característicos da comunidade ucraniana antes do Maidan, diz-se na pesquisa.

A pesquisa também destaca que quase metade dos ucranianos considera que o país lucrará mais em ter laços estreitos na política e economia com a Europa (49%) do que com a Rússia (8%).

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