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Carne suína: ‘Rússia está bem satisfeita com que a gente está podendo oferecer’

© Sputnik / Igor Zarembo / Acessar o banco de imagensIrã pode se tornar novo fornecedor de carnes e outros alimentos para a Rússia
Irã pode se tornar novo fornecedor de carnes e outros alimentos para a Rússia - Sputnik Brasil
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A Sputnik discutiu as perspectivas das exportações de carne suína brasilieira para a Rússia com o vice-presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) Rui Eduardo Saldanha Vargas.

Sputnik: Quais são as avaliações do senhor sobre as perspectivas das exportações de carne suína do Brasil para a Rússia? 

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Rui Eduardo Saldanha Vargas: Nós há muitos anos havermos exportando [carne suína] para a Rússia. Tivemos momentos de grandes exportações. Nós chegamos a atingir até 30-40 mil toneladas por mês. Passamos por momentos quando a gente reduziu bastante [o volume] para 12 mil. No momento, estamos numa média de 25 mil toneladas mês. Estamos bem contentes e acredito que também a Rússia esteja bem satisfeita com que a gente está podendo oferecer em termos de volume e qualidade. 

S: Como o Brasil conseguiu quase retomar o volume de exportações após o fechamento de muitas facilidades brasileiras pelo Rosselkhoznadzor? Foi um grande trabalho? 

RESV: Exato. A gente estudou com muita tranquilidade os requisitos das autoridades russas e preparou diversas indústrias, hoje nós contamos com 12 unidades industriais no Brasil que se prepararam especialmente para exportar carne suína aqui para a Rússia. Quer dizer, cumprem todos os requisitos que as autoridades russas, [nomeadamente] o Ministério da Agricultura, solicitaram a nós. 

S: O primeiro objetivo é retomar o nível das exportações observado antes do fechamento? 

RESV: Nós não acreditamos que nós vamos chegar aos níveis que a gente teve entre 2005 e 2006. A gente acredita que vamos ficar neste padrão de 25 mil toneladas por mês. Nós não temos uma expectativa de que nós vamos fornecer um maior volume, aumentar muito a nossa exportação para a Rússia. A gente pretende ficar dentro desse equilíbrio que a gente atingiu até hoje.

S: Agora na Rússia continua o problema de peste suína africana. E o Brasil conseguiu nos anos setenta combater este problema de maneira resoluta. Como o Brasil pode ajudar a Rússia combater este problema que prejudica a nossa indústria suinícola?

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RESV: Nós tivemos este problema em 1978 no estado do Rio de Janeiro. Como nós conseguimos resolver este problema? Foi a gente criar os sistemas que nós chamamos de sistemas de produção integrada. Onde nós temos todo o sistema produtivo desde animal novo passando pela ração, pela assistência técnica veterinária, nós estabelecemos isso como forma do controle. Praticamente a gente mantem toda produção fechada. Com isso a gente tem condição de controlar trânsito de animais, possibilidade de fatores de risco que possam vir e entrar dentro do sistema produtivo e causar problemas. Com isso nós havemos trabalhando por mais de 30 anos e a gente só tem vantagens positivas neste sistema.

S: Agora há contatos entre as autoridades veterinárias russas e brasileiras neste sentido?    

RESV: Com certeza. Ultimamente a gente estabeleceu a série de cooperações técnicas entre as autoridades brasileiras e as autoridades russas principalmente para nós transferimos a tecnologia e sistema que nós utilizamos visando a parte sanitária dos animais.

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