Líbios fogem do Estado Islâmico e são detidos na Europa

© AFP 2023 / ALBERTO PIZZOLI / AFPAs Forças Marítimas dos países da UE no início da segunda fase da operação naval da UE contra os traficantes de pessoas no Mediterrâneo pretendem operar nas águas territoriais da Líbia
As Forças Marítimas dos países da UE no início da segunda fase da operação naval da UE contra os traficantes de pessoas no Mediterrâneo pretendem operar nas águas territoriais da Líbia - Sputnik Brasil
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Na segunda fase da operação naval da UE contra os traficantes de pessoas no Mediterrâneo, as Marinhas dos países da UE irão verificar os documentos dos navios sem bandeira de identificação de Estado, exigido por lei, disse à RIA Novosti uma fonte na UE.

"Vão ser verificados os documentos dos navios sem bandeira de identificação de Estado. Basicamente são esses os navios e barcos de traficantes de pessoas", informou uma fonte.

Como foi relatado anteriormente, seis navios da Itália, França, Alemanha, Grã-Bretanha e Espanha, incluindo o porta-aviões italiano aviões Cavour e a fragata francesa Courbet, estão atualmente participando da operação da União Europeia contra os traficantes de pessoas nas águas internacionais ao largo da costa da Líbia.

Na terceira fase, durante a qual as Forças Marítimas da UE pretendem operar nas águas territoriais da Líbia, é preciso o consentimento das autoridades líbias e a resolução do Conselho de Segurança da ONU.

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Desde a derrubada e assassinato em 2011 do líder líbio Muammar Kadhafi durante o conflito armado, a Líbia está passando por um período da crise muito grave. O grupo terrorista Estado Islâmico controla cerca de 200 quilômetros da costa mediterrânica da Líbia.

As autoridades da UE estão preocupadas com o fluxo descontrolado de migrantes vindos da Líbia, temendo que alguns deles possam ser terroristas.

"A OTAN não está em posição de intervir na situação, visto que não há um único governo líbio".

O anúncio foi feito na terça-feira, pelo almirante Mark Ferguson, comandante do Comando Conjunto da OTAN em Nápoles e das Forças Navais dos EUA na Europa e na África.

"Na Líbia hoje há dois governos hostis um ao outro. Entre eles ficam as áreas tribais, que eles não controlam e também existe o Estado Islâmico, que controla mais de 200 quilómetros da costa da Líbia. Todos esses territórios não são controlados e estão cheios de grupos rivais", disse o almirante, em discurso no Conselho da OTAN em Washington.

O enviado Especial da ONU para a Líbia, Bernardino Leon, anunciou em 22 de setembro a conclusão do texto final do acordo de paz entre o governo islâmico da Líbia, localizado em Tripoli, e o governo e parlamento em Tobruk, reconhecido pela comunidade internacional. O texto foi transmitido às partes envolvidas no conflito, mas ainda não foi formado um governo nacional único. 

A agência de fronteiras da UE Frontex estima que cerca de 630 mil imigrantes e refugiados cruzaram o Mediterrâneo para a Europa desde o início de 2015. Quase 3.000 pessoas morreram ou desapareceram na travessia.

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