Cientista político: a Rússia fala menos e faz mais

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"Moscou tem comprovado a fidelidade ao seu curso político na Síria, que é a luta contra o terrorismo. As informações exclusivas da inteligência russa sobre as posições do comando do Estado Islâmico foram usadas para realizar os ataques aéreos com sucesso e de forma rápida".

Isso foi afirmado pelo especialista em Oriente Médio, editor chefe do jornal Iran Press, Emad Abshenass, em entrevista à Sputnik.

"Muitos no Ocidente ficaram chocados com a imediata passagem da Rússia das palavras às ações militares. Nas páginas dos meios de comunicação ocidentais hoje pode ser observada uma atitude invejosa com os primeiros sucessos da Força Aérea Russa".

Afinal, a coalizão ocidental liderada pelos EUA passou um ano em tentativas frustradas de atacar os alvos que a Rússia destruiu rapidamente.

"Eu acho que se não fossem as ações rápidas e produtivas da Rússia, proximamente na Síria poderia aparecer mais um foco de tensão", disse ele.

De acordo com o cientista político iraniano Sajjad Tayeri, do portal IranianPolicy.net, a Rússia segue os seus interesses nacionais, prevenindo a ameaça do terrorismo no seu território e procurando destruir as fontes do extremismo.

"Claro que a Rússia está agindo nos interesses da estabilidade regional no Iraque e na Síria. Para garantir isso, é necessário antes de tudo localizar o núcleo do EI na Síria e sistematicamente eliminá-lo".

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"O governo de Bashar Assad é a força política que deve permanecer no poder na Síria, a fim de não permitir que o país caia e se torne um antro de terrorismo para muitos anos", disse o cientista político iraniano

O direito internacional permite o uso da força no território de um Estado estrangeiro, ou por decisão do Conselho de Segurança das Nações Unidas, ou em defesa própria, ou a pedido das autoridades desse Estado. A Rússia é o único país que realiza uma operação militar na Síria numa base legítima — a pedido das autoridades daquele país.

Além disso, a Rússia avisou oficialmente os parceiros (em particular a Grã-Bretanha, a Índia, os EUA e a Turquia) sobre os planos de lançar uma operação militar na Síria.

Ao mesmo tempo, a coalizão liderada pelos EUA está realizando ataques contra as posições do EI na Síria desde setembro de 2014 ignorando o Conselho de Segurança da ONU e não coordenando as suas atividades com as autoridades sírias. 

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