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Deputado brasileiro em Moscou: 'Nós não podemos apenas nos armar'

© AFP 2023 / EVARISTO SASoldados brasileiros preparam ajuda humanitária para refugiados (foto de arquivo)
Soldados brasileiros preparam ajuda humanitária para refugiados (foto de arquivo) - Sputnik Brasil
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Os países precisam ter a coragem de tomar decisões que podem salvar o mundo, e "não só fazer discursos", declarou Nilson Leitão, deputado mato-grossense do PSDB, no IV Fórum Parlamentar Internacional celebrado nesta quinta-feira em Moscou.

Já em uma entrevista exclusiva à Sputnik Brasil, o deputado falou sobre as relações russo-brasileiras, tocando também em assuntos internacionais.

Confira a íntegra da entrevista abaixo.

Sputnik: Como o senhor avalia a interação parlamentar entre o Brasil e a Rússia no quadro do BRICS e nas relações bilaterais?

Nilson Leitão: Ela é importantíssima, até porque nós temos um mercado comercial, um mercado muito parecido. E nós temos a segunda maior floresta do mundo, a Rússia tem a primeira maior floresta do mundo, com a maior quantidade de árvores em pé. A primeira é a Rússia, o segundo é o Brasil.

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Mas eu acho que muito mais do que isso, essa relação que existe entre o Brasil e a Rússia e os parlamentos, que agora também se unificam em debate ocupado com o terrorismo, com o narcotráfico, com a vida do ser humano, tanto o russo como o brasileiro, é a união exatamente composta para a globalização, que não fica apenas na área comercial, mas também na área humanitária.

E isso é uma troca de informações, de tecnologia, e acima de tudo, que apresente melhora para os países e, consequentemente, para o mundo.

S.: Como o senhor estima a cooperação entre o Brasil e a Rússia na área militar?

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N.L.: É o que eu disse, a troca de informações de tecnologia. Obviamente que a Rússia tem equipamentos muito mais avançados para esse segmento. É claro que o Brasil, como vende aviões para vários países, aviões comerciais, também tem todo o interesse na aquisição de equipamentos de tecnologia de defesa. Mas a maior e melhor defesa que pode se ter nesse sentido é exatamente cuidando cada um do seu país, tendo uma legislação com uma posição muito clara sobre a prevenção do terrorismo, a troca de informações. Mas, acima de tudo, é o investimento muito maior que precisa se ter entre todos os países do mundo no que tange à questão da interação da educação e da questão social e dessa interação do diálogo. Nós não podemos apenas nos armar. A grande arma é melhorar o ser humano.

S.: Qual é a estimativa para um futuro próximo no assunto da cooperação parlamentar entre os dois países?

N.L.: Uma frente parlamentar, já tem uma frente parlamentar que permanentemente debate esse assunto que é a frente parlamentar Brasil-Rússia e a tendência é cada vez mais fortalecer esse debate e ampliar todo o segmento não só no que tange à questão da segurança, mas também do turismo, dos negócios, do comércio. E a troca de informações na área da saúde, da educação também tem muita importância.

S.: O que o senhor espera das relações parlamentares entre Brasil e Rússia?

N.L.: O prognóstico é exatamente para aprofundar cada vez mais. Eu acredito que as legislações em cada país vai facilitar conseguirmos copiar um pouco um do outro. Para que o bom que há na Rússia possa ser colocado no Brasil e que o bom que há no Brasil possa ser colocado na Rússia e fazer com que os dois países cheguem a um ápice de crescimento em relação à segurança dos seus territórios. E é acima de tudo essa interação que se precisa ter. Eu acho que, daqui a pouco, a diferença em breve vai ser só o idioma, o Brasil e a Rússia vão ser próximos cada vez mais.

S.: O Brasil é o maior receptor de refugiados da América Latina. Há alguma experiência para compartilhar?

N.L.: Eu acho que o ponto mais alto, mais importante, dessa recepção dos imigrantes é exatamente abrir o coração e as portas e depois que estiverem lá, todos se adaptarem às nossas comunidades, se adaptarem às nossas realidades

Tem um ditado no Brasil: em um bom coração de mãe sempre cabe mais um.

É importante que os demais países do mundo também achem essa forma de acolher esses imigrantes. Mas o mais importante é isso – que todos os países do mundo possam convencer os líderes, ditadores, presidentes dos países de origem desses imigrantes que acolham de volta os seus filhos, na sua pátria. Ninguém quer abandonar a sua pátria. Ninguém quer abandonar a sua terra. Então, eu acho que o fechamento principal de tudo isso seria o retorno pacífico para a sua pátria.

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