Conselho de Segurança da ONU condena golpe e pede restauração da ordem em Burkina Faso

© Joe PenneyOs cidadãos de Burkina Faso estão nas ruas cobrando democracia no país.
Os cidadãos de Burkina Faso estão nas ruas cobrando democracia no país. - Sputnik Brasil
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O Conselho de Segurança da ONU condenou “veementemente”, na quinta-feira (17), o golpe de Estado em Burkina Faso. Os 15 membros do órgão pediram unanimemente a “restauração da ordem constitucional e a entrega do poder às autoridades civis de transição” e podem impor sanções ao país africano.

“Os autores dessa tomada inconstitucional do poder pela força devem prestar contas. Estamos preparados para tomar medidas adicionais, se necessário”, frisa o comunicado do Conselho.

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O órgão da ONU manifestou apoio ao representante do organismo na África Ocidental, Mohamed Ibn Chambas, em seus esforços de mediação em Burkina Faso. Os membros do Conselho ainda pediram que seja respeitada a transição que está acontecendo no país e que tem eleições marcadas para 11 de outubro.

Ainda na quinta-feira, os golpistas libertaram o presidente de Burkina Faso, Michel Kafando, que exercia um mandato de transição. No entanto, eles mantiveram em prisão domiciliar o primeiro-ministro Isaac Zida. Os insurgentes são liderados pelo general Gilbert Diendéré, ele foi chefe do Estado-maior no governo do presidente deposto, Blaise Compaoré, que ficou no poder por 27 anos.

“Em sinal de apaziguamento e pelo interesse geral, o conselho nacional para a democracia decidiu pela libertação de ministros e de Michel Kafando”, diz uma nota dos golpistas.

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Diendéré disse à revista Jeune Afrique que a tomada de poder, na quarta-feira (16), foi necessária porque o país vive uma grave situação de insegurança pré-eleitoral. Ele prometeu que as eleições acontecerão, sendo necessária “a discussão com todos os atores políticos para que o processo seja realizado”.

Zephirin Diabré e Roch Marc Christian Kaboré, favoritos na disputa presidencial, também condenaram o golpe e querem a manutenção do calendário eleitoral, a libertação de todos os presos e o regresso da ordem constitucional. Nesta sexta-feira (18), o presidente de Senegal líder em exercício da Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (Cedeao), Macky Sall, e o presidente de Benim, Thomas Boni Yayi, irão a Ouagadougou, capital de Burkina Faso, discutir a situação com Diendéré.

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