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Dilma Rousseff critica tentativa de golpe a todo momento por parte de opositores

© Roberto Stuckert Filho / PRPresidenta Dilma entrega casas do programa Minha Casa, Minha Vida, em Presidente Prudente, São Paulo
Presidenta Dilma entrega casas do programa Minha Casa, Minha Vida, em Presidente Prudente, São Paulo - Sputnik Brasil
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A Presidenta Dilma Rousseff afirmou nesta quarta-feira (16) durante entrevista à rádio Comercial, de Presidente Prudente, em São Paulo, que a oposição vem se utilizando da crise no Brasil para chegar ao poder. Segundo Dilma, o que está acontecendo é uma versão moderna de golpe.

“O Brasil tem uma solidez institucional. Em todos os países que passaram por dificuldades, você não viu nenhum país propondo a ruptura antidemocrática como forma de saída da crise. Esse método, que é querer utilizar a crise como um mecanismo para você chegar ao poder, é uma versão moderna do golpe”.

Após a entrevista na rádio, durante a cerimônia de entrega de 2,3 mil moradias do programa Minha Casa, Minha Vida em Presidente Prudente, no interior de São Paulo, Dilma voltou a declarar que usar atalhos questionáveis para alcançar o poder é golpe. 

“Qualquer forma de encurtar o caminho da rotatividade democrática é golpe, sim. É golpe. Principalmente quando este caminho é feito só de atalhos questionáveis. Tem muita gente no nosso país que hoje aposta no quanto pior, melhor. Que acha que se piorar na política, é melhor para eles. E se piorar na economia, também é melhor para eles. Eles acham que o quanto pior, melhor beneficia eles. Não olham se o quanto pior, melhor não prejudica a população. Porque prejudica a população. Na política, o quanto pior leva ao pior, porque nós conquistamos a democracia com imenso esforço. A base da democracia é a legalidade e a legitimidade dada pelo voto de cada um dos brasileiros e das brasileiras. Essa é a legitimidade e a base da democracia”.

Ainda na entrevista para a emissora de rádio, a presidenta destacou que o momento precisa de calma, união e foco em ações suprapartidárias, onde o único partido é o "Partido do Brasil".

“Atualmente, o que nós temos que fazer é o seguinte: unirmos todos juntos, e o mais rapidamente, independente das nossas posições e interesses pessoais ou partidários, tomarmos o Partido do Brasil. O partido que leva a mudança da nossa situação. Por isso, é fundamental muita calma nessa hora, muita tranquilidade, e a certeza de que o governo trabalha diuturnamente, incansavelmente, para garantir a estabilidade econômica e política do país”.

A presidenta também falou sobre a nota de rebaixamento do Brasil pela agência Standard & Poor´s, que tirou o selo de bom pagador do país. Para Dilma, o Brasil é muito maior do que a sua nota.

“Muitos países nessa década passaram por situações de crise e tiveram suas notas de risco rebaixadas. Isso aconteceu tanto com os Estados Unidos, em 2011, como também com França, Itália e Espanha em 2012. E agora aconteceu conosco. Todos os países foram muito maiores do que suas notas e o Brasil é muito maior que sua nota também. Todos voltaram a crescer e assim vai ser com o Brasil também”.

Dilma ressaltou que o Brasil está honrando todos os compromissos e contratos. Ela destacou ainda que o país não tem problemas de crédito internacional e nem para atrair investimentos para o Brasil, e falou sobre as principais ações do governo para a retomada do crescimento econômico.

“Nós também estamos tomando dois tipos de medidas. Uma é a de controle da inflação e de equilíbrio fiscal do nosso orçamento federal, e a outras é de estímulo do crescimento, como o programa de rodovias, ferrovias, portos e aeroportos, o programa de expansão de energia e o plano safra. O Brasil é uma economia grande e diversificada. Nós somos a sétima economia do mundo, e por isso vamos atravessar esse período de crise que muitos países passaram, que nós inclusive procuramos de todos os meios evitar, mas não foi possível. Vamos fazer todas essas medidas, tanto as de reequilíbrio ou ajuste fiscal e as de estímulo ao investimento, agricultura, para voltar a crescer e gerar emprego”.

Na última terça-feira (15), seis partidos da base governista assinaram uma carta aberta em apoio à presidenta Dilma Rousseff. Segundo os deputados, senadores e ministros evolvidos na ação, o mandato de Dilma só se encerra em 31 de dezembro de 2018. A carta aberta seria uma resposta ao movimento da oposição, iniciado na semana passada, pedindo o impeachment da presidenta.

Já outros seis partidos de oposição apresentaram também ontem uma questão de ordem cobrando formalmente resposta por parte do Presidente da Câmara, Eduardo Cunha, sobre os processos de mais de dez pedidos de abertura de impeachment da presidenta, já enviados à Casa. Eduardo Cunha acatou a questão de ordem, mas não deu prazo para responder como seria o andamento de um processo de impeachment presidencial.

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