Europa não sabe o que fazer se negociações na Líbia fracassarem

© AFP 2023 / FETHI NASRISituação na Líbia
Situação na Líbia - Sputnik Brasil
Nos siga no
A União Europeia não tem nenhum plano de emergência que poderia ser usado caso as negociações líbias fracassem porque isto destruirá todo o progresso, disse Federica Mogherini.

A alta representante da UE para Relações Exteriores e Política de Segurança fez esta declaração em uma reunião informal dos ministros das Relações Exteriores dos países da EU em Luxemburgo.

Antes a ONU comunicou que o diálogo líbio entrou na fase final. Bernardino León, Representante do Secretário Geral da ONU na Líbia, tenta fazer com que todas as principais forças políticas da Líbia estejam presentes nas negociações e concordem todos os artigos do documento final sobre a regulação interna da Líbia, o que permitirá formar um governo de unidade nacional e iniciar o processo de transição.

Guarda Costeira italiana se aproxima de barco de imigrantes na costa da Líbia, no Mar Mediterrâneo, em 22 de abril de 2015 - Sputnik Brasil
Sob presidência russa, Conselho de Segurança da ONU prepara resolução sobre refugiados
Respondendo à pergunta se tinha um plano de emergência para a situação na Líbia, Federica Mogherini disse que é preciso se concentrar na conclusão do acordo.

“Nem para os europeus, nem para superar os fluxos migratórios e dos refugiados, mas para os líbios que estão cansados dos conflitos e sofreram por muito longo tempo e merecem a paz no país”, destacou a chefe da diplomacia europeia. 

É de lembrar que a Líbia entrou na guerra civil em 2010 durante a Primavera Árabe. No resultado o Estado foi retalhado, já não existe, se debate em crise permanente com o confronto entre pelo menos quatro fações armadas.

Ahmed Gaddaf al-Dam al-Qaddafi, ex-Coronel do exército líbio, um dos mais influentes chefes de segurança interna do antigo regime e primo do ex-presidente da Líbia, Muammar al-Qaddafi - Sputnik Brasil
Exclusivo: Primo de Kadhafi diz que Síria poderia virar um inferno sem apoio da Rússia
Apesar da morte violenta do ex-líder da Líbia, Muammar Kadhafi, e dos seus filhos após a derrota das forças leais a eles em combates com os rebeldes reforçados pela aviação da OTAN, a resistência guerrilheira continua. Os acontecimentos na Líbia foram a primeira guerra em grande escala que se desenvolveu a partir de protestos de rua. A guerra matou cerca de 30.000 pessoas, 30% das quais eram civis.

Há relatos muito convincentes de que o Ocidente estaria por trás dos protestos, como parte de um plano para garantir a hegemonia política na região.

Então agora a Europa sofre pelos seus próprios erros. Destruindo o bem-estar dum país, toda a união fica na situação na crise, tendo em conta os fluxos migratórios sem precedentes.

Feed de notícias
0
Para participar da discussão
inicie sessão ou cadastre-se
loader
Bate-papos
Заголовок открываемого материала