Berlim não acredita em alegadas tropas russas na Ucrânia

© AFP 2023 / PATRIK STOLLARZUkrainian President Petro Poroshenko
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O presidente da Ucrânia, Pyotr Poroshenko, continua a retórica contra a Rússia justificando-a com a alegada existência de tropas russas em Donbass, não obstante a falta de provas, e as tentativas de persuadir União Europeia a apoiar o exército ucraniano – escreve uma publicação alemã.

Durante a reunião com Poroshenko, a chanceler alemã, Angela Merkel, se absteve de acusar a Rússia de aumento da tensão no leste da Ucânia.

A publicação alemã Deutsche Wirtschafts Nachrichten (DWN) escreveu que os altos funcionários alemães parecem já não negar a culpa do lado ucraniano no conflito com as autoproclamadas Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk, na região ucraniana de Donbass.

Enquanto isso, contrariamente aos aliados ocidentais, o líder ucraniano acusou mais uma vez a Rússia em enviar mais de 50 mil soldados para a fronteira com a Ucrânia e outros 40 mil para o Donbass.

“Não há quaisquer provas dessas declarações. E os números chocantes [de tropas russas envolvidas na guerra civil na Ucrânia] pelo menos parecem pouco prováveis. Se a Rússia enviasse milhares de militares para a fronteira ucraniana, os satélites norte-americanos os veriam do espaço”, diz-se no artigo. 

Segundo DWN, em meio da grave crise económica, o presidente ucraniano gasta dinheiro dos contribuintes para armamento do exército e realização de desfiles militares.

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A publicação sublinha a necessidade de Berlim persuadir Kiev a deixar a retórica militarista e provocatória. Caso o conflito se torne ainda mais grave, a Ucrânia enfrentará o destino do Afeganistão, Iraque, Síria. Para a UE e, particularmente, para a Alemanha este fato significaria o aumento do fluxo de refugiados.

A Ucrânia realiza desde meados de abril de 2013 uma operação militar contra as forças independentistas no leste do país que não reconhecem a legitimidade das novas autoridades ucranianas que chegaram ao poder após um golpe de Estado em Kiev. 

Os acordos de Minsk assinados em meados de fevereiro pelo “quarteto da Normandia” (Alemanha, Rússia, França e Ucrânia) visaram pôr fim à escalada do conflito na região de Donbass e realizar uma reforma constitucional destinada a proteger os direitos e liberdades das regiões orientais da Ucrânia.

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Apesar de Acordos, ambos os lados do conflito relatam constantes violações da trégua e ultimamente apareceram muitas informações de escalada de tensões na região de Donbass.

Nesta segunda-feira (24) os líderes da França, Alemanha e Ucrânia reuniram-se em Berlim para discutir a crise ucraniana. Em resultado da reunião, ao contrário de Kiev, a chanceler alemã Angela Merkel e o presidente francês François Hollande não se mostraram a favor de uma aliança com Poroshenko contra a Rússia, e Merkel declarou que os contatos com o presidente russo são necessários.

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