Afeganistão é “buraco negro” para contribuinte dos EUA

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A gestão afegã dos EUA exige muito dinheiro. E este dinheiro, que a Tesouraria extrai dos seus contribuintes, nem sempre é destinado para o que deveria ser destinado.

Uma lista entregue em junho pela Agência Estadunidense de Desenvolvimento Internacional (a notória USAID) ao Inspetor-Geral Especial para a Reconstrução do Afeganistão, John Sopko, contém mais de 600 nomes de clínicas e hospitais supostamente construídos nesse país.

No entanto, ficou conhecido recentemente que várias das localidades indicadas na lista nem se situavam no Afeganistão.

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Para especialistas, este fato testemunha de um elevado grau de “absurdidade” dos gastos norte-americanos nesse país asiático, assolado, há dezenas de anos, por uma guerra civil que já parece incessante e à qual somou-se o terrorismo do Taliban, que, por sua parte, está sendo alvo do Estado Islâmico.

Um artigo publicado na segunda-feira (24) pelo The New York Times traz opiniões de vários representantes do Congresso estadunidense reprovando a atitude da Casa Branca. Ao serem examinadas, as contas incluem “veículos aéreos comprados pelos Estados Unidos que os afegãos não têm como manejar ou manter, planilhas de tropas que não podem ser verificadas e uma usina elétrica que custou cerca de 335 milhões de dólares aos contribuintes e que só é usada muito raramente”.

O que é comum são “desperdício, fraude e abuso”, assim disse ao jornal estadunidense Claire McCaskill, do partido Democrata, o próprio partido do presidente Barack Obama.

A gestão do assunto afegão pelos EUA foi criticada também pelo representante especial do presidente da Federação da Rússia no Afeganistão, Zamir Kabulov. É interessante que Kabulov cita o presidente afegão, Ashraf Ghani, quem disse, em uma ocasião, que os EUA não iriam destinar verbas para uma solução teoricamente eficiente, que seria um acordo-quadro internacional.

O problema do Afeganistão foi discutido em julho durante a cúpula dos BRICS e Organização de Xangai para Cooperação na cidade russa de Ufá.

Mais cedo no ano em curso, o secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, assegurou que uma parte do contingente da Aliança permanecerá no país, mesmo depois da retirada, anunciada anteriormente. No entanto, a presença desse contingente teria uma “pegada mais ligeira”, com instrutores militares e civis.

Os EUA e a OTAN abandonam o Afeganistão após 12 anos de presença que irritou os habitantes locais, acordando os grupos extremistas como o Taliban, e deixando o país sem um exército forte.

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