Putin: assunto da Crimeia está encerrado

© REUTERS / Alexander ZemlianichenkoVladimir Putin, presidente da Rússia
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No início desta semana, o presidente da Ucrânia Pyotr Poroshenko criticou a visita de Putin à Crimeia, declarando que a mesma deveria ter sido previamente acordada junto às autoridades ucranianas. A declaração, que expressa as reivindicações de Kiev pelo território da península, foi rebatida pelo presidente russo.

"Não, eu não comento nada com relação a isso, já que o futuro da Crimeia foi decidido pelas pessoas que moram nesse território. Eles votaram pela reintegração com a Rússia. É isso. Ponto" – disse Putin aos jornalistas.

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Durante uma visita oficial à Crimeia, nesta terça-feira (18), o presidente russo também expressou esperanças de que a situação em Donbass não se deteriore a ponto de haver confrontações diretas em larga escala entre os independentistas e o exército ucraniano.

Ele destacou a extrema importância de promover novas negociações em Minsk, para retomar o rumo da desescalada do conflito.

"Quanto ao acordo Minsk-2, suponho que não haja qualquer outra alternativa para regular a situação, e, no fim das contas, sem dúvida, a paz vencerá. O nosso objetivo consiste em minimizar as perdas com as quais nós chegaremos a essa paz" – disse o presidente russo.

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Em fevereiro de 2014 um golpe de Estado em Kiev promoveu a troca de poder na Ucrânia. Preocupada com a política das novas autoridades do país, e questionando a sua legitimidade, em março daquele ano a população da Crimeia realizou um refendo no qual mais de 96 por cento dos habitantes da península apoiaram a sua reintegração com a Rússia. O Ocidente chamou a votação de "anexação". Moscou, por sua vez, garante que o referendo se deu em pela conformidade com todas as normas do direito internacional.

A legitimidade do novo gabinete em Kiev foi igualmente rejeitada pela maioria das populações das regiões de Donetsk e Luganks, no sudeste do país, e que juntas formam a região de Donbass. Em meados de abril de 2014, a Ucrânia deu início a uma operação militar para reprimir os ânimos independentistas.

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A fim de buscar uma solução para o conflito, em 12 de fevereiro de 2015 representantes da Alemanha, Rússia, França e Ucrânia se reuniram na capital da Bielorrússia e determinaram a retirada de tropas e o cessar-fogo completo em Donbass, através da assinatura dos chamados Acordos de Minsk.

A situação, no entanto, voltou a se deteriorar. Representantes de Donetsk e Lugansk têm repetidamente declarado que Kiev viola os acordos. Apesar da trégua, confrontos locais, inclusive com uso de armas pesadas proibidas pelo documento assinado em Minsk, continuam. Um Grupo de Contato trilateral (Rússia, Ucrânia e OSCE) está encarregado de buscar uma solução para a crise.

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