Militar: exército da Eslováquia é controlado do exterior

© AFP 2023 / SAMUEL KUBANIBandeiras da Eslováquia e a OTAN
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Segundo o chefe da Associação de militares eslovacos, Jozef Zarnovican, as forças armadas da Eslováquia “facilmente podem ser usados para agressão contra outro Estado, mesmo contrariamente o desejo do povo ou governo”.

Já por 11 anos o país faz parte da Aliança Atlântica (OTAN) e existe uma opinião de que a participação na organização economicamente é benéfica para o país porque esta última faz parte da defesa coletiva, garantida pela OTAN. Jozef Zarnovican partilha desta opinião, mas o fortalecimento da economia do país é ligado com a União Europeia e não com a OTAN. Enquanto isso, o especialista disse:

“Do ponto de vista militar ela [a Eslováquia] é desprotegida. A Associação de Militares Eslovacos opina que o Ministério da Defesa da Eslováquia não tem a noção clara sobre a imagem da defesa de um país tão pequeno, como a Eslováquia”.

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O especialista contou que após a desagregação da Tchecoslováquia o país possuía do exército bem equipado e completamente funcional que poderia proteger todo o território do país da possível agressão, mas depois um tempo algo deu errado após a entrada à OTAN:

“O resto das Forças Armadas da República Eslovaca não pode ser chamado de exército porque é um exército de funcionários e porta-chapéus para uniformes, ordens e cargos sem qualquer valor de combate”.

O especialista explicou que o foco está na preparação do exército eslovaco para missões no exterior.

“Este fato é manifestado em que as Forças Armadas da Eslováquia não recebem educação própria e sistemática. A ênfase – juntamente com o financiamento – é feita só naquelas subdivisões que são enviadas para missões”.

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Zarnovican disse que outras unidades militares não recebem financiamento suficiente e “na realidade só existem no papel – nos planos operativos, mas não representam real valor militar”.

Nesta conexão o especialista opina que é “impossível” dirigir a defesa de um país só para missões no estrangeiro, “especialmente nos países que antes foram destruídos pela invasão das tropas dos EUA e da OTAN”.

“Se no nosso exército, menos de 10% de todo o pessoal é representado por força viva, e mesmo essa é empregado em missões no exterior, não pode ser caraterizada de algo mais do que expedicionária e dirigida a corresponder às necessidades da OTAN, e não à defesa dos seus próprios interesses e cidadãos”.

No entanto, a OTAN exige que todos os Estados membros da Aliança destinem 2% do seu PIB ao exército. A República Tcheca destina 1% do PIB a este setor.

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