“Guerra de quadrinhos” aquece a Europa

© AP Photo / Michel Euler, FileSede do Conselho Europeu em Bruxelas
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O Reino Unido ficou irritado com uma série de quadrinhos publicados por iniciativa de Bruxelas com o intuito de “melhorar a imagem” da União Europeia.

Lançando mão da popularidade dos livros gráficos, a administração da UE parece que está adotando métodos de propaganda. Uma série de livros de quadrinhos, lançada recentemente com verbas de milhares de euros libertadas por Bruxelas, elogia as vantagens da Europa Unida.

In this photo taken on Monday, March 30, 2015 EU flags flap in the wind behind a no entry traffic sign in front of EU headquarters in Brussels - Sputnik Brasil
UE cria equipe especial para conter "propaganda russa"
Um aluno de escola pergunta para seu professor qual é a política orçamentária da UE. A resposta do professor é comprida e bem formulada, com dados econômicos que devem significar o crescimento positivo e detalhes como 94% do capital da UE sendo destinado “ao apoio financeiro aos cidadãos, estudantes, pequenas empresas, ONGs, cidades e regiões dos Estados-membros”.

Especialmente durante a crise, é de supor.

Londres, no entanto, não compartilha tal ponto de vista. O Reino Unido planeja para 2016 um referendo que irá decidir se os britânicos ficam ou não na Europa. Vários políticos do país já se manifestaram contra estes quadrinhos. Nomeadamente, Gerard Batten, do Partido para a Independência do Reino Unido (UKIP), acha que se trata-se “propaganda brutal”:

“Esta propaganda brutal é nutrida com o dinheiro dos contribuintes e visa os jovens, que deveriam ser livres de todo tipo de discussão política. Aliás, os quadrinhos nada dizem sobre os gastos enormes da UE e não mencionam os obstáculos políticos criados pela União [Europeia]”

Um crítico estadunidense de mídia, conhecido como Lionel, concorda que as autoridades europeias visam o público mais jovem e mais suscetível a tal tipo de informação.

“Então, pergunto: as crianças têm a experiência suficiente para distinguir a propaganda? A resposta é não! Por isso, uma política como esta é sem sombra de dúvida, eficaz e visa todos os jovens, a categoria mais influenciável da sociedade”.

O Reino Unido não deixou a ofensiva europeia sem resposta, criando seu próprio quadrinho. No que se vê em baixo, que quase copia uma página do livro original, a professora diz que “administrar países complicados não é fácil, mas eles podem ser subjugados”. A criança, ato seguido, exclama: “O meu pai diz que se trata da soberania nacional!”, recebendo a seguinte resposta: “O seu pai é um extremista ignorante”. E a professora continua: “A UE gasta 94% do seu tempo ignorando pedidos de reforma. O 6% restante é só rir da convicção de David Cameron de que ele possa mudar alguma coisa”.

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