Japão religa reator nuclear pela primeira vez desde Fukushima e recebe protestos

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Mais de quatro anos depois do acidente na central de Fukushima, foi reativado o primeiro reator nuclear nesta terça-feira (11) no Japão. Desde setembro de 2013, todas as atividades nas centrais do país foram suspensas.

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“O reator número 1 da central de Sendai – a mil quilômetros a sudoeste de Tóquio – foi religado às 10h30 (horário local)”, informou um porta-voz da empresa Kyushu Electric Power, citado pela mídia local. 

A decisão, no entanto, já gerou protestos por parte dos ativistas ambientais. Segundo a organização ecologista Greenpeace, a abertura do reator número 1 da central de Sendai deliberadamente ignorou muitas questões de segurança e o retorno da energia nuclear foi adotado sem um debate público suficiente.

"Os riscos de terremotos fortes nos dois reatores da central em Sendai foram deliberadamente ignorados pela Kyushu Electric (empresa que gerencia a usina)", disse a porta-voz  da Greenpeace do Japão, Ai Kashiwagi, à agência Sputnik via e-mail.

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Ela afirma que a Autoridade de Regulação Nuclear não exigiu uma análise de acidentes mais robusta sobre como o reator resistiria a uma grande erupção vulcânica, sem concluir a avaliação necessária sobre a gestão de segurança para 30 anos, e nem incluiu um cálculo sobre os planos de emergência.

Na próxima sexta-feira (14), o reator deve começar a gerar eletricidade que será explorada comercialmente a partir de setembro.

A reativação de Sendai, no Sudoeste do país, ocorre depois que o governo japonês defendeu a necessidade de retomar a produção de energia nuclear para estimular o crescimento econômico, apesar de a maioria da população do país rejeitar a medida por receio de que se repita um desastre como o de Fukushima, em 2011.

Com isso, a central de Sendai foi palco de um protesto que reuniu  cerca de 200 pessoas que se manifestaram contra a reativação do reator. 

 

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