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Programa Mais Médicos completa 2 anos com avaliação positiva da OPAS

© Roberto Stuckert Filho/PRDilma durante cerimônia de celebração de 2 anos do Programa Mais Médicos
Dilma durante cerimônia de celebração de 2 anos do Programa Mais Médicos - Sputnik Brasil
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Um evento nesta terça-feira (4), no Palácio do Planalto, em Brasília, celebrou os 2 anos do Programa Mais Médicos, que atualmente reúne 18.240 profissionais atuando em 4.058 municípios e em 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas, beneficiando até o fim do ano cerca de 63 milhões de pessoas.

A meta do Ministério da Saúde é de que o Brasil passe de 374 mil para 600 mil médicos até 2026, atingindo a meta de 2,7 médicos por mil habitantes, o mesmo número do Reino Unido, que, depois do Brasil, tem o maior sistema de saúde pública de caráter universal.

A OMS – Organização Mundial de Saúde reconheceu os resultados do Mais Médicos no país. Segundo o coordenador da Unidade Técnica Mais Médicos da OPAS/OMS – Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde no Brasil, Renato Tasca, que trabalha em parceria com os Ministérios da Saúde e Educação para atender a meta de levar médicos e atenção primária a todo o Brasil, o Programa Mais Médicos vai fortalecer o Sistema Público de Saúde.

Dilma Rousseff, presidente do Brasil - Sputnik Brasil
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Programa Mais Médicos supera déficit com profissionais brasileiros formados no exterior
Tasca afirma que importantes resultados serão encontrados na saúde da população brasileira. “Eu estou muito orgulhoso de apoiar o Brasil nessa tarefa tão desafiadora”, diz o coordenador. “Eu acho que os resultados que temos são muito importantes. Há um grande, enorme, brutal aumento do acesso, uma grande redução das desigualdades. Eu tenho certeza de que essa intervenção vai mudar o perfil da saúde no Brasil, vai fortalecer o Sistema Único de Saúde. Com certeza, nós próximos anos vamos ver grandes e importantes resultados sobre a saúde da população brasileira.”

O Programa Mais Médicos foi lançado pelo Governo Federal em julho de 2013, com a finalidade de levar médicos às regiões mais carentes do país. A prioridade era preencher as vagas do Programa com médicos brasileiros, sendo as restantes ocupadas por profissionais estrangeiros ou brasileiros formados no exterior.

Na ocasião, a possibilidade do Governo de contratar profissionais estrangeiros gerou muita polêmica, principalmente sobre a contratação de médicos cubanos. A Presidenta Dilma Rousseff participou da celebração dos 2 anos do Mais Médicos e em discurso agradeceu especialmente a participação dos profissionais cubanos no Programa.

Segundo Dilma, essa parceria ajudou a estreitar laços entre Cuba e Brasil. "Os médicos que vêm de fora, dos outros países, participam de forma solidária conosco. Tenho a obrigação de me referir à participação de médicos cubanos, que deram mostra, junto com o Governo cubano, de solidariedade, profissionalismo, atendimento absolutamente humanizado. E quero agradecer-lhes dizer que os médicos cubanos estreitaram as relações entre o Brasil e Cuba, e são responsáveis por uma relação que hoje não está concentrada, está distribuída por todo o território nacional", disse Dilma.

Além de defender a participação de médicos estrangeiros no Programa, a presidente ressaltou o aumento crescente do número de médicos brasileiros em aderir ao Mais Médicos. “Continuamos defendendo médicos formados no exterior para garantir o atendimento. No entanto, o engajamento dos médicos brasileiros vem sendo crescente. Na seleção que fizemos este ano, todas as vagas foram preenchidas por brasileiros. Isso é algo a comemorar, porque mostra efeito extremamente positivo do Mais Médicos.”

Segundo o Governo, das 4.139 vagas abertas este ano, 15.747 médicos brasileiros se inscreveram e 100% das vagas foram ocupadas pelos profissionais, que estão presentes também agora em todo o território nacional.

Já o ministro da Saúde, Arthur Chioro, fez um balanço dos resultados obtidos nesses 2 anos do Mais Médicos e chamou a atenção para o aumento de consultas realizadas e a redução do número de internações, desde a implantação do Programa no país, que foca na humanização do atendimento.

“O Programa Mais Médicos não foi criado só para aumentar o número de médicos”, disse o ministro. “Também para aumentar o número de médicos,  mas fundamentalmente para garantir qualidade do atendimento, o compromisso, a humanização do atendimento. Para 85% dos entrevistados numa pesquisa feita pela UFMG – Universidade Federal de Minas Gerais, melhorou a qualidade do atendimento. Para 87%, o médico é mais atencioso. Para 82%, melhorou a resolução dos problemas da sua consulta. Quando todos criticam tanto a saúde, o Programa Mais Médicos obtém uma nota 9. 55% dos entrevistados em todo o país deram nota 10 para o Programa Mais Médicos.” 

Durante o evento, os ministros da Saúde, Arthur Chioro, e da Educação, Renato Janine, assinaram uma portaria que prevê o lançamento da regulamentação nacional dos contratos organizativos de ação pública de ensino e saúde, que vão permitir o desenvolvimento de atividades de ensino e aprendizagem e formação no âmbito do SUS. Foi anunciada ainda a criação de mais 3 mil bolsas de residência médica no país, chegando a 7.742.

Ainda de acordo com o Ministério da Saúde, 75% das vagas serão usadas para ampliar a formação de médicos especialistas em medicina geral de família e comunidade. A prioridade é atender as Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste para cobrir o déficit de médicos nessas áreas.

O ministro da Educação, Renato Janine, chamou a atenção para o fato de que em 2 anos foram criados 50 novos cursos de medicina, com 5,3 mil novas vagas. Já são 4,7 mil vagas ocupadas de residência médica.

Janine destacou a meta do Governo de cada vez mais levar os profissionais de saúde para o interior do país. “Nós estamos procedendo uma grande interiorização das faculdades de Medicina. O Brasil ainda é um país que está muito focado no litoral e muito focado nas capitais, raros são os Estados que têm um interior desenvolvido, raros são os Estados afastados do Oceano Atlântico que têm um desenvolvimento grande. O que nós estamos fazendo é um avanço significativo para o interior, para dentro, e isso se reflete nas vagas que temos.”

 Até 2017, o governo pretende criar 11,5 mil novas vagas de graduação em medicina e 12,4 mil vagas de residência médica para formação de especialistas com foco em áreas prioritárias para o SUS.

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