Kremlin: Rússia não enviará soldados para combater o Estado Islâmico na Síria

© AP Photo / Jake SimkinThis Nov. 20, 2014 photo shows an area controlled by the Islamic State group, past the Qada Azadi roundabout, foreground, in Kobani, Syria.
This Nov. 20, 2014 photo shows an area controlled by the Islamic State group, past the Qada Azadi roundabout, foreground, in Kobani, Syria. - Sputnik Brasil
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A Rússia não tem planos de enviar militares para combater o Estado Islâmico na Síria nem irá participar dos ataques aéreos da coalizão contra posições do EI, informou nesta terça-feira o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.

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“Essa possibilidade nem está na agenda”, disse Peskov.

O porta-voz declarou também que o presidente sírio, Bashar Assad, nunca pediu a Presidente Vladimir Putin que enviasse soldados à Síria.

O anúncio do Kremlin vem um dia depois de o ministro de Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, afirmar que as declarações dos EUA sobre a assistência aérea à oposição síria são contraproducentes.

"Parece contraproducente declarar publicamente que algumas unidades americanas que se dirigem ao território sírio sem um acordo com o governo do país estarão protegidas pela aviação da coalizão, e que esta força aérea terá o direito de atacar qualquer força que possa ser considerada um obstáculo para a atividade desse grupo armado", declarou o chanceler.

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Lavrov destacou ainda que até agora a maioria dos combatentes da chamada "oposição moderada" síria, treinados por instrutores americanos nos países vizinhos à Síria, "acabaram se unindo a extremistas". 

A Síria vive em estado de guerra civil desde 2011, com forças do governo enfrentando vários grupos militantes. De acordo com números da ONU, mais de 220 mil pessoas morreram e 11 milhões foram desalojados em virtude dos confrontos.

Os Estados Unidos vêm apoiando o que chamam de "oposição moderada", fornecendo ajuda financeira e carregamentos de armas pequenas. Além disso, uma coalizão liderada pelos EUA vem bombardeando posições islâmicas no país desde o ano passado. Não há relatos de confrontos diretos entre forças americanas e o exército da Síria. 

A Rússia, por sua vez, alerta contra o apoio a forças anti-governamentais, enfatizando a necessidade de dialogar no país.

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