Independentistas tentam acalmar tensões antes de criar novo Estado na Europa

© AFP 2023 / LLUIS GENEArtur Mas, presidente do governo da Catalunha
Artur Mas, presidente do governo da Catalunha - Sputnik Brasil
Nos siga no
Nesta segunda-feira (3), o presidente do governo da Catalunha, Artur Mas, assinará o decreto que convocará definitivamente as eleições autonômicas para finais de setembro.

O presidente da Generalitat (governo da região autonômica espanhola de Catalunha) prepara-se para anunciar oficialmente a data das eleições antecipadas. O dia é já conhecido – 27 de setembro, duas semanas depois da festa tradicional da Catalunha.

A mídia local sublinha que o anúncio de hoje servirá para acalmar as tensões com o governo central da Espanha, que não quer perder esta região autonômica, responsável pela quinta parte do PIB nacional. Além disso, o decreto não terá nenhuma referência ao caráter “plebiscitário” das eleições.

Líderes da lista unitária para as eleições de 27 de setembro na Catalunha - Sputnik Brasil
Catalunha reforça causa da independência
O auge da campanha eleitoral terá lugar durante a Diada, festa que comemora a defesa de Barcelona de 11 de setembro de 1714. Se a lista unitária, criada há duas semanas após a união oficial do governo com a oposição, vencer, a Diada pode se tornar, em breve, a festa nacional catalã.

Artur Mas tem afirmado que, caso ele vença mesmo as eleições, terá 18 meses para tornar a Catalunha um Estado independente, separando-a da Espanha.

A causa soberanista está em voga na Catalunha depois da primeira eleição de Artur Mas, do partido Convergència Democrática de Catalunya (CDC). Em novembro de 2014, o seu governo convocou um referendo de independência, que ficou na história como um evento simbólico. Ao contrário do referendo celebrado um pouco antes na Escócia, não foi reconhecido como constitucional. Porém constituiu a escusa para anunciar eleições antecipadas.

Já em meados de julho de 2015, foi criada a chamada “lista unitária”, uma candidatura coletiva às eleições que uniu o CDC e o partido Esquerra Republicana de Catalunya (ERC), encabeçado por Oriol Junqueras.

A tendência soberanista do CDC, ERC e outros simpatizantes da independência desta região espanhola é criticada pelo primeiro-ministro da Espanha, Mariano Rajoy (do Partido Popular), que tem reiteradamente afirmado que a Catalunha “sempre será Espanha”.

Feed de notícias
0
Para participar da discussão
inicie sessão ou cadastre-se
loader
Bate-papos
Заголовок открываемого материала