União Europeia precisa pensar antes de fazer novos passos, diz ativista

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A Sputnik falou com um dos animadores do projeto de referendo que questionará a necessidade de associar a Ucrânia à União Europeia.

Representação digital da ponte sendo impressa em 3D em um canal de Amsterdã - Sputnik Brasil
Grupo holandês quer cancelar euroassociação da Ucrânia
Van Rossem, um dos autores do blog Geen Stijl, acredita que crescimento excessivo da UE “não quadra no nosso modelo democrático”, ameaçando “tanto o bem-estar dos holandeses, como as pessoas de outros países europeus”.

“As pessoas vêm lentamente perdendo a sua voz democrática em uma União Europeia que cresce e se amplia”, afirma Van Rossem. Ele advoga por reduzir a velocidade em aceitar novos membros, porque sempre é preciso avaliar as expectativas de integração:

“A zona de ampliação da UE inclui espaços onde os valores culturais, sociais e econômicas do resto da União Europeia nem sempre são apoiados ou compartilhados. E isso acontece com uma velocidade que dificulta a superação destas divergências. Nós vemos isso, por exemplo, na Grécia: há divergências nem tão fácil de se superar. E como se isso for pouco, eles [a UE] tenta superá-las a uma velocidade enorme. Nós acreditamos que é preciso parar e avaliar o próximo passo antes de fazer este passo”.

Os holandeses são bem informados sobre os acontecimentos na Ucrânia, acha o entrevistado. Porém, “muitos ignoram o fato de que a intervenção europeia em Kiev só pôs mais lenha no fogo desta crise violenta”. E daí surge a falta de compreensão, fomentada pela omissão de certos fatos na mídia europeia. Como, por exemplo, a presença de membros do Parlamento Europeu na praça da Independência – Maidan Nezalezhnosti – em Kiev no ano passado, disse o ativista.

Falta autocrítica na Europa, resume Van Rossem.

Euroassociação

A Ucrânia assinou a parte política do acordo de associação da Ucrânia à União Europeia em 21 de março de 2014, um mês depois do golpe de Estado e uma semana depois do referendo onde os habitantes da península da Crimeia quiseram ser parte da Rússia. A parte econômica (considerada a mais importante) do documento foi assinada em 27 de junho. Já em 16 de setembro do ano passado, o texto do documento foi ratificado pela Suprema Rada (parlamento da Ucrânia) e pelo Parlamento Europeu. Em 1 de novembro, o acordo começou a vigorar parcialmente, especulando a entrada em vigor da cláusula sobre a criação de uma área de livre comércio a partir de 1 de janeiro de 2016.

Para que o documento inteiro vigorar, o acordo deve ser ratificado pela totalidade dos países-membros da União Europeia.

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