Grupo holandês quer cancelar euroassociação da Ucrânia

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Na Holanda, o grupo de ativistas “Comitê de cidadãos da União Europeia” apela aos habitantes para realizar um referendo que porá sob dúvida a necessidade de ratificação do acordo de associação da Ucrânia com a UE.

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Em conformidade com a lei recentemente aprovada na Holanda, cidadãos podem exigir a organização de um referendo consultivo sobre as leis e acordos recentemente aprovados.

Para alcançar isso os ativistas devem coletar dez mil assinaturas até o dia 6 de agosto. Assim poderão apresentar uma solicitação preliminar para um referendo. Quando a solicitação for recebida pela comissão eleitoral holandesa, os ativistas terão que coletar mais 300 mil assinaturas durante o período de seis semanas.  

Lembramos que o governo ucraniano do primeiro-ministro Arseny Yatsenyuk em 21 de março assinou a parte política do acordo de associação da Ucrânia com a União Europeia. A parte econômica do documento, considerada a mais importante, foi assinada em 27 de junho. Posteriormente, em 16 de setembro, o texto foi ratificado na íntegra pela Suprema Rada (parlamento ucraniano) e pelo Parlamento Europeu. A maior parte do Acordo entrou em vigor em 1° de Novembro, tendo em vista que a seção sobre a criação de uma área de livre comércio só será executada em 1° de janeiro de 2016. Para que o documento todo entre vigor definitivamente, o acordo deve ser ratificado por todos os países da UE.

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Os ativistas holandeses chamam-no de “provocação e ameaça para o bem-estar de nós e dos ucranianos”.

O cientista político oriundo de Donetsk Vladimir Kornilov não acha que neste momento haja uma possibilidade real de realização do referendo devido ao período de férias que pode impedir aos ativistas coletar o número preciso de assinaturas, mas recebe bem esta iniciativa como um sinal de descontento europeu com as possíveis consequências de euroassociação ucraniana:

“Agora a iniciativa dos ativistas holandeses provavelmente não terá sucesso. Mas isto não exclui o fato que os ativistas de outros países da Europa possam seguir este caminho. Em geral a iniciativa holandesa mostra que os cidadãos da Europa falando suavemente não aceitam com êxtase este documento [associação da Ucrânia com a UE]”.

Segundo a sua opinião, a razão principal desta iniciativa é medo de fluxo de imigrantes ucranianos no caso de liberalização de acesso de ucranianos à União Europeia:

“Imaginem que fluxo de migrantes ucranianos pobres e exasperados pela guerra se precipitará a estes países”.

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