Comandante de batalhão neonazista ucraniano é convidado ao Parlamento Europeu

© Sputnik / Aleksandr Maksimenko / Acessar o banco de imagensSoldados do batalhão Azov ostentando o símbolo neonazista do Wolfsangel
Soldados do batalhão Azov ostentando o símbolo neonazista do Wolfsangel - Sputnik Brasil
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O eurodeputado tcheco Jaromir Stetina, incluído na "lista negra" na Rússia, convidou o comandante do batalhão voluntário ucraniano Azov, Andrei Biletsky, a fazer um discurso no Parlamento Europeu.

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Stetina explicou o seu convite pelo fato de que os batalhões voluntários são uma força política e militar real e não entrar em contato com eles significa não estar interessado na solução do conflito. O eurodeputado disse ainda estar pronto para receber críticas à sua proposta visto que o batalhão Azov tem uma reputação de unidade ultranacionalista e até neonazista. 

Jan Miklas, cientista político tcheco e especialista em questões da Ucrânia disse à Sputnik que a ação de Stetina é censurável porque significa um apoio ao fascismo.

"É suficiente estudar a biografia de Andrei Biletsky para que tudo fique claro: este homem colaborou com nacionalistas radicais ucranianos, ou seja, com neonazistas. Simplesmente olhem para o emblema do batalhão Azov [contém um símbolo muito parecido com o Sol Negro, um símbolo ocultista usado na Alemanha Nazista] e já não haverá perguntas”.

© Public DomainO emblema do batalhão Azov contem um símbolo muito parecido com o Sol Negro, um símbolo oculto usado na Alemanha Nazista
O emblema do batalhão Azov contem um símbolo muito parecido com o Sol Negro, um símbolo oculto usado na Alemanha Nazista - Sputnik Brasil
O emblema do batalhão Azov contem um símbolo muito parecido com o Sol Negro, um símbolo oculto usado na Alemanha Nazista
Além disso, Miklas explicou quem é o autor da iniciativa, Jaromir Stetina:

"Ele faz parte das pessoas que apoiam os radicais de todos os tipos – de neonazistas a fundamentalistas islâmicos. E só tem um critério deste apoio – o mais importante é que todos eles tenham uma atitude hostil em relação da Rússia. Lembro que, ainda nos anos 90, Jaromir Stetina apoiava os islamistas radicais que operavam na Chechênia na altura".

Resumindo, se a Europa por meio dos deputados do Parlamento Europeu não condenar o convite de Andrei Biletsky, se ouvir as suas 'explicações', tornar-se-á num cúmplice dos fascistas. Acho que não há lugar no Parlamento Europeu para pessoas como senhor Biletsky", concluiu Jan Miklas.   

Fabio Massimo Castaldo, porta-voz da organização política italiana Movimento Cinco Estrelas, denunciou o aparecimento do emblema do batalhão Azov no Parlamento Europeu que, segundo ele "está manchado por crimes de guerra e onde servem voluntários neofacistas e neonazistas de toda a Europa e do mundo". 

Ele comentou a situação numa entrevista para a Sputnik:

"Há um interesse de envolver a Ucrânia no bloco euroatlântico a qualquer custo… A Europa tenta alcançar isso com uma teimosia que me preocupa. Não vejo por parte dos meus colegas uma vontade séria de negociar sobre a Crimeia e sobre o conflito na Ucrânia. Só vejo hostilidade crescente, especialmente por parte dos poloneses e países bálticos". 

Voltando à pessoa do comandante de Azov Andrei Biletsky, até a mídia ocidental, nomeadamente a emissora BBC, confessa que ele é neonazista:

"Biletsky dirige também a Assembleia Social-Nacional, cujos objetivo e tarefas podem ser encontradas na Internet. A ideia principal é a salvaguarda da raça branca por meio de criação de uma formação política antidemocrática e anticapitalista: a 'naciocracia'. Uma das tarefas é a eliminação do 'capital especulativo internacional-sionista'. São slogans típicos de neonazistas".

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