Governo afegão anuncia a morte do líder do Talibã

© AP PhotoMullah Omar está na lista de procurados dos EUA.
Mullah Omar está na lista de procurados dos EUA. - Sputnik Brasil
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Uma fonte do governo do Afeganistão disse à mídia internacional nesta quarta-feira (29) que o líder do Talibã, Mohammed Omar, conhecido como Mullah Omar, estaria morto. Ele teria falecido há dois ou três anos. As causas não foram reveladas. O grupo afegão não se pronunciou sobre a informação.

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Mensagens e vídeos atribuídos a Omar são ainda publicados na internet pelo Talibã, mesmo diante de especulações sobre sua morte nos últimos meses. A biografia do chefe do movimento fundamentalista, inclusive, foi divulgada em sites do grupo em abril, como comemoração de seus 19 anos de liderança.

Os dados publicados na web informam que Mullah Omar nasceu em 1960. A data, porém, é uma incógnita, como a maioria de seus dados e até sua imagem. A fotografia atribuída a ele pela imprensa internacional, segundo especulações, seria de outro representante do movimento Talibã. Sua descrição por quem o teria visto é controversa, variando bastante.

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O certo é que Omar liderou o grupo contra as tropas soviéticas no Afeganistão, quando teria perdido um olho. Quando a União Soviética deixou o país da Ásia, em 1992, ele retornou para lutar na guerra civil que se instaurou. Quatro anos depois assumia a Chefia do Conselho Supremo do Afeganistão, tendo ficado no cargo até 2001.

No entanto, Mullah Omar continuava temido e procurado internacionalmente, por conta da sua associação com o então líder da Al-Qaeda, Osama Bin Laden. Por isso, governava escondido em Candaar e era representado diplomaticamente pelo ministro do Exterior, Wakil Ahmed Muttawakil. Raramente se encontrou com pessoas de fora de seu círculo.

Em 2001, após os atentados de 11 de setembro nos EUA, ele teria fugido para o Paquistão e nunca mais sido vistos, liderando de lá as investidas afegãs contra as tropas da OTAN.

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