EUA pedem ajuda da Rússia no combate ao Estado Islâmico

© AP Photo / Carlos BarriaJohn Kerry e Sergei Lavrov em Viena, 30 de junho de 2015
John Kerry e Sergei Lavrov em Viena, 30 de junho de 2015 - Sputnik Brasil
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O histórico acordo nuclear iraniano dá esperança de cooperação renovada no Oriente Médio e de um possível aquecimento nas relações entre Rússia e Estados Unidos. nas próximas semanas, o secretário de Estado americano, John Kerry, planeja discutir novas estratégias no combate ao grupo terrorista Estado Islâmico com o chanceler russo, Sergei Lavrov.

O acordo nuclear alcançado entre o Irã e os países do P5+1 foi um acordo aplaudido no mundo inteiro. Alguns dias depois de finalizado, o presidente americano, Barack Obama, elogiou a participação da Rússia em entrevista ao jornal "The New York Times."

Obama descreveu chamadas telefônicas iniciadas pelo presidente russo, Vladimir Putin, e disse que ficou "encorajado pelo fato de que o Sr. Putin me telefonou algumas semanas atrás e começou a conversa sobre a Síria. Isso nos dá uma oportunidade de ter uma conversa séria com eles."

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O grupo terrorista Estado Islâmico segue sua expansão no Iraque e na Síria e, por isso, a "conversa séria" de que Obama fala pode não demorar a acontecer.

Em um evento em Nova York nesta sexta-feira, o secretário de Estado, John Kerry, disse esperar ter uma conversa com Lavrov no Catar, durante as próximas semanas. Após o sucesso das conversas sobre o programa nuclear iraniano, os dois vão discutir a melhor maneira de responder ao grupo terrorista.

"Temos que mudar a dinâmica na Síria", disse Kerry ao Conselho de Relações Exteriores, segundo a agência Reuters. "E isso é parte do porquê de estarmos negociando com a Turquia nas últimas semanas e agora temos algumas mudanças no que os turcos estão preparados a fazer. Há também uma mudança no que estamos engajados a fazer", disse Kerry.

Enquanto Rússia e Estados Unidos não vêm concordando na melhor postura a adotar na questão síria, as duas nações esperam uma aliança regional entre governos para responder à ameaça comum que é o Estado Islâmico.

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"Queremos trazer os sauditas, queremos trazer os turcos e, provavelmente, teremos que saber o que os iranianos estão preparados a fazer", explicou Kerry.

Já houve progresso nas conversas com o governo turco. Na quinta-feira, Ancara anunciou uma grande mudança em sua política, autorizando a coalizão liderada pelos EUA a conduzir ataques aéreos partindo de solo turco e usando as instalações da Base Aérea Incirlik. Na manhã desta sexta, caças turcos atacaram alvos do Estado Islâmico pela primeira vez.

A Rússia também vem buscando soluções. Na quarta-feira, o embaixador do país na Síria, Alexander Kinschak, falou à Sputnik sobre os esforços de Moscou para ajudar o governo sírio na sua luta contra militantes do EI.

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"Se não queremos terroristas na Síria, com todos os cenários subsequentes na região e especialmente levando em conta que as consequências vão extrapolar a região, significa que é necessário ajudar o governo sírio nesta guerra", afirmou.

A Rússia também já pediu o envolvimento do Irã.

"Podemos desenvolver uma cooperação antiterrorista com o Irã, antes de mais nada, na região do Oriente Médio", afirmou na segunda-feira Ilya Rogachev, diretor do departamento de desafios e ameaças do Ministério de Relações Exteriores da Rússia. "O Estado Islâmico pode e precisa ser objeto de nossa cooperação com o Irã."

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