Representação dos EUA em Havana é reconvertida mas permanece ainda sem bandeira

© AFP 2023 / PAUL J. RICHARDSO Departamento de Estado, nos EUA, acrescentou à sua fachada mais uma bandeira, a de Cuba. Contudo, a embaixada dos EUA em Cuba ainda não tem a dos EUA
O Departamento de Estado, nos EUA, acrescentou à sua fachada mais uma bandeira, a de Cuba. Contudo, a embaixada dos EUA em Cuba ainda não tem a dos EUA - Sputnik Brasil
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Na madrugada desta segunda-feira, a bandeira de Cuba foi içada no prédio do Departamento de Estado dos EUA.

A bandeira de Cuba em Washington pretende marcar uma nova etapa nas relações entre Cuba e os Estados Unidos. A Ilha da Liberdade inaugurou a sua embaixada hoje, mas a dos EUA em Havana só irá ser oficializada na quarta-feira, com a visita de John Kerry, secretário de Estado dos EUA.

Não obstante a ruptura das relações diplomáticas, os EUA sempre tiveram uma representação formal, denominada Seção de Interesses dos Estados Unidos. Hoje, com a ascensão a embaixada, a seção alterou a conta do seu Twitter, existente desde abril de 2010. "Como hoje, 20 de julho, somos oficialmente Embaixada dos EUA em Cuba, o nosso novo nome no Twitter é USEmbCuba", reza a postagem de hoje.

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Porém, ainda sem bandeira, que só poderá ser içada na presença do secretário de Estado, John Kerry.

As datas da visita deste não foram divulgadas ainda. Informava-se antes que Kerry poderia viajar para Havana no dia 22, ou seja, na quarta-feira desta semana, dois dias depois do "upgrade" das embaixadas. Mas na sexta-feira, o The New York Times alegou que só iria viajar em agosto.

No entanto, nesta segunda-feira, Kerry recebe o chanceler cubano, Bruno Rodríguez, em Washington.

Portanto, o encontro em Havana ainda não aconteceu. Quando acontecer, será a primeira reunião oficial entre um diplomata estadunidense e um cubano em mais de 50 anos, desde 22 de setembro de 1958.

Contudo, vários especialistas consultados pela Sputnik Brasil têm dúvidas quanto às verdadeiras intenções das autoridades norte-americanas na sua "reaproximação" com Cuba. Recentemente, a especialista em América Latina Tatiana Poloskova comentou que o fato de os EUA terem estado apoiando e financiando a oposição cubana, junto com o fato de estarem planejando investir no país, pode ser um augúrio alarmante, já que para investir em Cuba, os EUA precisariam mudar o regime atual de Havana.

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