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Potencial da energia eólica no Brasil corresponde ao de 20 usinas hidrelétricas de Itaipu

© Claudio Fachel / Palácio PiratiniAté a sexta-feira, 26, pela primeira vez na América do Sul, a cidade de Porto Alegre estará sediando o 14.º Congresso Internacional de Engenharia do Vento (ICWE)
Até a sexta-feira, 26, pela primeira vez na América do Sul, a cidade de Porto Alegre estará sediando o 14.º Congresso Internacional de Engenharia do Vento (ICWE) - Sputnik Brasil
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O 10.º Congresso Internacional de Bioenergia, um dos mais importantes fóruns de discussões sobre energias renováveis do Brasil, está reunindo em São Paulo mais de 1.000 especialistas em energias renováveis do Brasil e da América Latina.

Paralelamente à conferência, acontecem ainda eventos como a 7.ª BioTech Fair – Feira Internacional de Tecnologia em Bioenergia e Biocombustíveis e a EnerSolar Brasil, com seminários, rodadas de negócios, mostra e exposição sobre o setor.

Segundo o Diretor da ANDAS – Agência Nacional de Desenvolvimento Ambiental Sustentável, diretor da ANAB Brasil e Diretor da GPE – Green Power Energy, o engenheiro Ronaldo Alves, o evento é uma oportunidade de pesquisadores do setor apresentarem seus projetos que visem à sustentabilidade. “Vários pesquisadores, mestrandos, doutorandos, pós-graduandos, esses acadêmicos apresentam seus trabalhos científicos focados na área de bioenergia, de energias renováveis, limpas, a serviço da sustentabilidade e do bem-estar do homem.”

Até a sexta-feira, 26, pela primeira vez na América do Sul, a cidade de Porto Alegre estará sediando o 14.º Congresso Internacional de Engenharia do Vento (ICWE) - Sputnik Brasil
Especialista: Faltam políticas públicas na geração de energia limpa no Brasil
O 10.º Congresso Internacional de Bioenergia discute alternativas para a geração de energia, como as dos ventos, do sol e do hidrogênio, num momento em que o Brasil, principalmente a Região Sudeste, a mais desenvolvida do país, sofre com a escassez hídrica, que por consequência afeta a geração de energia hidrelétrica.

A grande questão destacada pelo diretor da ANDAS na geração de energia com outras fontes é a situação de má gestão, que encarece o serviço para a população. “No caso das nossas reservas hidrelétricas, se entrarmos no Operador Nacional do Sistema Elétrico, verificaremos que as nossas reservas das hidrelétricas estão abaixo do volume morto. Por isso, nós estamos usando as termelétricas, em que o megawatt-hora(MWh) de energia com essa ‘tarifa vermelha’ que o Brasil inteiro está pagando está acima dos R$ 900,00, enquanto no último leilão de energia eólica foi comercializado a R$ 117,00. Com relação à viabilidade econômica, é inequívoca a condição de que a energia eólica é viável, sim. O que houve foi um problema de gestão. Temos um potencial eólico equivalente a 10 usinas de Itaipu, e não usamos 1% disso.”

O ambientalista Ronaldo Alves acredita que o Brasil precisa ter um projeto de planejamento energético mais coerente e equilibrado com os nossos recursos naturais renováveis.

Ele chama atenção ainda para a negligência por parte do Governo no setor, onde, por exemplo, o Atlas Eólico Brasileiro está desatualizado em relação aos padrões internacionais. “No caso da energia eólica, o nosso Atlas Eólico tem mais de 20 anos, e quando ele foi feito utilizaram torres anemométricas com 50 metros de altura, sendo que os níveis aceitáveis dessas medições de ventos no mundo são com torres de 100 metros de altura, ou seja, o nosso Atlas está subestimado, e o cálculo de 10 usinas de Itaipu está subestimado – na verdade é quase o dobro, ou mesmo o dobro. Nós temos um potencial real equivalente a quase 20 usinas de Itaipu.”

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