Stoltenberg lembra-se da Guerra Fria, dizendo que não tem medo

© REUTERS / Francois LenoirJens Stoltenberg
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O secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, declarou este sábado (4) que a organização lida com uma Rússia autoconfiante, mas os países-membros da aliança não devem ter medo dela.

O chefe da OTAN concedeu a entrevista à publicação alemã Deutsche Welle e declarou:

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“Lidamos com uma Rússia que tem confiança em si, tem força para expandir as suas fronteiras e viola o direito internacional. Lembro-me como tínhamos medo (durante a Guerra Fria), mas nos sentíamos seguros ao mesmo tempo. Tínhamos medo de uma guerra atômica, da União Soviética ao lado de Noruega. Mas sentíamo-nos seguros porque a Noruega é membro da OTAN. Tínhamos a certeza, tal como hoje, que se algo acontecesse com a Noruega, a OTAN e os EUA nos protegeriam. Eu tinha a certeza na altura e ainda mais tenho essa certeza agora.”

Stoltenberg declarou que no momento o mundo não está vivendo uma nova Guerra Fria, sublinhando que as novas ameaças mundiais são o Estado Islâmico, os confrontos e a violência no Iraque, na Síria e na África do Norte.

“Eu acredito que nós precisamos de encontrar um equilíbrio entre a análise da situação e uma descrição das ameaças para os países da OTAN. Não se deve exagerar os perigos e dramatizar a situação. Nós não vemos uma ameaça imediata porque a OTAN é a mais poderosa aliança militar de todos os tempos.”

Ele também comentou o aumento do contingente da OTAN na Europa e confirmou que a presença militar nas fronteiras orientais da aliança foi reforçada.

“Temos reforçado a presença militar nas fronteiras orientais da aliança. Nós organizamos um tipo de pequenos estados-maiores nos Estados Bálticos, Bulgária, Polônia e Romênia. Intensificamos as patrulhas aéreas e a presença nos países orientais da aliança em resposta ao comportamento da Rússia.”

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A Rússia já expressou repetidas vezes sua preocupação pelo fortalecimento da presença militar da OTAN perto de suas fronteiras.

O presidente russo, Vladimir Putin, já tem declarado várias vezes que são as forças da OTAN que se aproximam das fronteiras da Rússia, e não o contrário.

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