Andelman opina que a nova corrida aos armamentos é mais cara e séria do que antes e a ameaça que ela representa é maior. Mas, enquanto a Rússia e a China quase dobraram os seus gastos na área da defesa, os EUA planejam diminuí-los em 0,4%.
O jornalista lembrou a parada militar em Moscou comemorativa do 70º aniversário da vitória da URSS na Segunda Guerra Mundial e notou que a Rússia mostrou três veículos blindados completamente novos, caças MiG-36, sistemas da defesa aérea Pantsir-S1 e mesmo os submarinos equipados com a tecnologia Stealth, utilizada para tornar “invisíveis” navios, aviões e mísseis.
Mas tudo isso é feito não para "mostrar os músculos", tendo o jornalista citado o especialista David Omand (ex-chefe do Centro de Comunicações do Reino Unido) que sublinhou o papel dos Estados Unidos na intensificação da corrida armamentista:
“Se introduzir sanções contra tais países como a Rússia e o Irã, porque não devem eles reagir? Eles respondem às ameaças. Eu diria mesmo que tudo pode vir a ser ainda pior.”
O jornalista também sublinha que os EUA e a Rússia não são únicos países que participam na corrida armamentista. A China já lançou o seu primeiro navio porta-aviões e outro mais moderno está quase pronto. O Japão fez o mesmo em resposta. Outros países asiáticos, de acordo com Andelman, também tentam jogar pelo seguro.
