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Diagnóstico Nacional do Esporte alerta: metade da população brasileira é sedentária

© Marcos Santos/USP ImagensBalança
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Pesquisa divulgada pelo Ministério do Esporte nesta segunda-feira (22), no Rio de Janeiro, revela que quase a metade da população brasileira (45,9%) está em situação de sedentarismo, ou seja, sem praticar esporte ou qualquer atividade física.

De acordo com o Diesporte – Diagnóstico Nacional do Esporte, o sedentarismo é maior entre as mulheres, registrando 50,4%, contra 41,2% dos homens.

Segundo com a OMS – Organização Mundial da Saúde, o indivíduo é considerado ativo regular quando pratica alguma atividade física pelo menos três vezes por semana, em seu tempo livre, com duração mínima de 30 minutos.

No Brasil, o estudo aponta que a população mais jovem é a que mais pratica atividade física. Entre 15 e 19 anos, 32,7% são declarados sedentários. Já na faixa etária de 20 a 24 anos o número sobre para 38,1%. A partir daí, a taxa de sedentarismo ultrapassa os 40% e continua crescendo até atingir 64,4% dos brasileiros entre 65 e 74 anos.

Para o ministro do Esporte, George Hilton, os dados são alarmantes, e a partir dessas informações devem ser criadas com urgência políticas públicas que estimulem a população a praticar esporte. “A minha preocupação é que isso não continue crescendo”, diz o ministro, “porque, se não houver ações imediatas para isso, vamos chegar ao nível da Argentina, que registrou 68% de sedentarismo. O grande desafio é pegar esse número, trabalhar através de políticas bem coordenadas para que ele venha a se reduzir, porque, se não fizermos isso, pode se ter a certeza de que isso aí vai atingir números insustentáveis.”

Das atividades físicas mais praticadas entre os brasileiros, conforme o Diagnóstico Nacional do Esporte, o futebol lidera o ranking da preferência daqueles que praticam alguma atividade física, com 76,6%. Em segundo lugar vem o vôlei, com 21,4% da escolha do esporte. E em terceiro foram citados os exercícios de academia, com 4,5%.

O Ministro George Hilton ressalta que o Governo quer deixar como parte do legado dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos do Rio 2016 a inclusão do esporte e da atividade física no cotidiano e como parte da formação integral da população. Segundo o ministro, a Olimpíada vai ser o ponto de partida, quando será criada a Rede Nacional de Treinamento. A ideia é incentivar a prática esportiva não somente de atletas de alto rendimento mas também na iniciação esportiva, nas cidades do interior do país.

Um dos destaques do esporte brasileiro, o iatista Lars Grael, participou da apresentação do estudo e chamou a atenção para a necessidade de a população se conscientizar sobre a mudança de comportamento, conciliando lazer e bem-estar com a prática da atividade física. “É hora de o brasileiro sair do sofá, combater aquela confederação brasileira de esporte no sofá. É necessário a gente saber conciliar o lazer e o bem-estar, mas também a saúde preventiva, a educação física nas escolas, a atividade física regular, a prática esportiva. Isso é uma questão comportamental, e a gente precisa tentar induzir toda a sociedade brasileira.”

A pesquisa Diesporte coletou as informações sobre práticas esportivas e atividades físicas no período entre 2010 e 2014, e é o mais abrangente relatório já realizado no país. Foram realizadas ao todo 8.902 entrevistas. Os dados foram analisados com base numa projeção da população brasileira por região, gênero e grupos de idade, feita pelo IBGE para o ano de 2013, num total de aproximadamente 146.748.000 brasileiros, quantidade equivalente à população entre 14 e 75 anos.

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